A energia solar fotovoltaica se transformou na segunda maior fonte da matriz elétrica do Brasil ao alcançar a marca de 23,9 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, superando a eólica, com 23,8 GW. Os dados constam de levantamento feito pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), e corresponde a 11,2% da matriz, ficando agora atrás apenas da fonte hídrica, com 51,3%.
O resultado ocorre com o forte avanço de incentivos econômicos à instalação de usinas fotovoltaicas de pequeno a grande porte. Somente no ano passado, a capacidade instalada de energia solar no país cresceu mais de 60%, e nos últimos meses, o ritmo de alta tem sido de quase 1 GW por mês.
Os dados da Absolar apontam que os 23,9 GW estão distribuídos em 16 GW de geração distribuída – usinas de pequeno porte, como fachadas e telhados solares em residências e comércios – e 7,9 GW de geração centralizada –grandes empreendimentos, que vendem energia tanto para o mercado regulado quanto livre.
“A tecnologia (solar) ajuda a diversificar a matriz elétrica do país, aumentar a segurança de suprimento, reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e proteger a população contra mais aumentos na conta de luz”, afirmou o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, em nota.
Na sexta-feira, 6 de janeiro, termina o prazo para que consumidores entrem com pedidos junto às distribuidoras de energia para conectar seus sistemas de micro e minigeração de energia e garantir isenção de taxas pelo uso da rede de distribuição. O setor chegou a tentar articular uma extensão desse prazo através de um projeto de lei mas, apesar de ter sido aprovada na Câmara, não foi apreciada a tempo no Senado.