Em um ano marcado pela guerra na Ucrânia, eleições presidenciais no Brasil e disparada da taxa de juros no Brasil, a Caderneta de Poupança registrou valorização de 7,9% em 2022, terceiro melhor desde 2008, ficando atrás somente dos anos de 2016 (8,30%), 2015 (8,15%) e 2008 (7,90%). O levantamento feito pela plataforma TradeMap considera a rentabilidade da poupança desde o ano de 2000, e representa um ganho real acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Conforme o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), em outubro deste ano havia 238,8 milhões de contas de poupança, onde estavam depositados R$ 947,6 bilhões. Em igual mês de 2021, eram 233,9 milhões de contas e R$ 992 bilhões alocados nelas.
As regras de remuneração da caderneta mudaram em 2012, quando ficou definido um gatilho que altera o rendimento, conforme a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 0,5% ao mês mais a variação da TR. E se a Selic estiver igual a ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será equivalente a 70% da Selic mais a variação da TR.
Já no caso do mercado de ações, o Ibovespa não conseguiu superar a inflação. Nos últimos 12 meses, quem investiu na carteira perdeu até mesmo para a poupança. O principal índice da B3 terminou 2022 com valorização acumulada de 4,69%, abaixo do IPCA, de 5,9% até novembro, e da Poupança. No que se refere ao dólar, a moeda norte-americana teve queda de 5,32% em 2022, a primeira desde 2016.