Ao tomar posse no Palácio Piratini, no final da manhã deste domingo, governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), aproveitou o espaço para fazer um agradecimento especial para os familiares e amigos que o acompanham na trajetória política dele. “Eu peço licença para cumprimentar os meus pais e saudar com muita alegria o Thalis (namorado), que está aqui me acompanhando. Agradecer também os meus irmãos, minhas cunhadas e sobrinhos e sobrinhas que também estão aqui. Quando a gente entra na política trazemos a família junto, não tem como. Eles vivem constantemente, por vezes, até sofre mais do que nós mesmos, pois estamos na lida diariamente enfrentando e sabendo os caminhos que estamos tomando e o que nos aguarda mais a frente. E os familiares estão acompanhando sofrendo aquelas dores sem enxergar os caminhos que estamos tomando, então ficam mais ansiosos muitas vezes”.
Durante o discurso, que teve aproximadamente 20 minutos e foi feito de improviso, diferentemente da manifestação na Assembleia Legislativa mais cedo, Leite disse que sua gestão será aberta a críticas e demandas, além de destacar um governo em prol da sociedade. “O governo não é este prédio, não é a estrutura física. O governo não é o partido político ou a aliança partidária. O governo deve ser para sociedade, para o povo, que escolheu este governo na imensa diversidade que é a constituição do nosso povo gaúcho e brasileiro”. O tucano também salientou que o papel de uma liderança política é ajudar a sociedade a ir na direção correta, e não só se limitar a assinatura de documentos.
Assim como no discurso no parlamento gaúcho, o governador voltou a relembrar feitos realizados na gestão anterior, mesmo que alguns tenham sido “mais sensíveis” para a população. Leite avaliou, ainda, que a renúncia ao governo gaúcho (ocorrida em março de 2022) teve um impacto positivo na sua trajetória.
“Sair deste palácio e estar ainda mais próximo das pessoas, convivendo como um cidadão fora do poder, lembrando como é efêmero e muito rápido o poder. Por isso, em todos estes anos que nos é dado o privilégio de conduzir os destinos de um povo, nós devemos colocar toda energia, amor e foco possível na condução do nosso Plano de Governo, que é claro, transparente, tem visão e um propósito claro para o Estado.
Questionado sobre a relação com o governo federal durante coletiva de imprensa organizada após a solenidade, Eduardo Leite destacou que ela será “republicana e respeitosa”. “Não é papel de governador do Estado exercer uma oposição ao governo federal eleito pela mesma população. Então, nós governamos para o mesmo povo. Há instâncias que a oposição se apresenta, mesmo a do meu partido no plenário do congresso, no trabalho dos deputados e senadores, e sempre, do meu ponto de vista como membro do PSDB, uma oposição que deve ser feita com responsabilidade, e não aquela que aposta no pior ou melhor. No meu lado, como governador, vou trabalhar para a integração de políticas públicas, com muito respeito, buscando construir soluções conjuntas e coletivas. E onde tivermos divergências de posições e o Estado do Rio Grande do Sul esteja sendo, de alguma forma, atingido, vamos levantar a voz e fazer o Estado ser respeitado”.
Além de Eduardo Leite, o vice-governador Gabriel Souza (MDB) e secretários de Estado também foram empossados oficialmente neste domingo.