PF prende suspeitos de atuar nos ataques à sede da corporação em Brasília

Até o momento, três pessoas foram presas; operação foi deflagrada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF

Grupo é suspeito de participar do ataque à sede da PF em Brasília no último dia 12 de dezembro | Foto: CAMILA COSTA/R7

A Polícia Federal (PF), em operação conjunta com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), cumpre 32 mandados de prisão na manhã desta quinta-feira (29) contra suspeitos de participarem do ataque à sede da PF em Brasília no último dia 12 de dezembro e de praticarem outros atos criminosos na mesma data pela capital federal, como a depredação à 5ª Delegacia de Polícia, além de incêndios em veículos e ônibus.

Segundo informações obtidas pelo R7, três pessoas foram presas até a última atualização desta reportagem. A ordem foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação ocorre nos estados de Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

Em nota, a PF informou que a investigação “buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo”.

Segundo a corporação, os crimes objetos da apuração são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.

Entenda

A investida criminosa contra a PF ocorreu após a prisão temporária do indígena José Acácio Tserere Xavante, detido por ordem do STF. Ele é suspeito de incitar e participar de atos antidemocráticos.

Os protestos começaram no início da noite do último dia 12 e houve tentativa de entrada forçada no edifício da PF, além de arremesso de pedras contra vidraças e uso de material inflamável para causar incêndios. As equipes da PF reagiram e pediram reforço da Polícia Militar, que cercou o local e usou bombas de gás e balas de borracha para afastar os participantes do ato.

Sem conseguir invadir a sede da PF, os manifestantes atearam fogo em ônibus e veículos particulares e depredaram o patrimônio público. Também houve ataque contra lojas do comércio da região e a uma delegacia da Polícia Civil.