Mais da metade dos consumidores fica sem dinheiro depois de pagar despesas do mês, diz pesquisa

Dados revelam que diminuiu o número de pessoas dispostas a fazer gastos em proveito próprio

Foto: Flipar / R7

Mais das metades dos consumidores (53%) estavam ansiosos com as despesas pessoais, enquanto 54% disseram não ter dinheiro sobrando no final do mês após o pagamento das despesas. Este é um dos resultados da pesquisa Global State of the Consumer Tracker, da Deloite, com a preocupação dos consumidores com os gastos domésticos e pessoais em outubro. Com este cenário, diminuiu o número de pessoas dispostas a fazer gastos em proveito próprio pois, segundo o levantamento, 42% dos entrevistados declararam ter meios de fazer gastos que lhes trouxessem alegria. Em setembro o percentual chegou a 47%.

Enquanto em outubro 60% disseram ter comprado algo para si mesmos, em setembro a taxa chegou a 64%. Entre aqueles que compraram presente para si em outubro, de acordo com a pesquisa, 31% adquiriram roupas, 19% compraram itens de cuidados pessoais (19%), 14% gastaram com alimentos e bebidas especiais para si mesmos e 13% com eletrônicos.

A pesquisa aponta que a disposição do consumidor brasileiro em adquirir um veículo nos próximos seis meses é a menor da série histórica: 35%. Entre os pesquisados, 28% adquiriram a quantidade de comida que queriam e, 27% compraram menos alimentos do que desejam. Quase um terço (29%) afirmaram dedicar muito tempo para o planejamento das compras.

Mais de um terço (37%) dos entrevistados afirmaram adquirir carnes e cortes de menor custo, enquanto 33% destacaram comprar ingredientes mais baratos. Pouco mais de um terço (35%) apenas adquiriu mantimentos essenciais. Mais da metade dos consumidores entrevistados (56%) não utiliza serviços de delivery.

O preço foi o motivo para que 51% dos consumidores não comprassem produtos sustentáveis, segundo o levantamento. A pesquisa Global State of the Consumer Tracker aborda tendências em segurança, bem-estar financeiro, apetite para o consumo e atitude em relação às mudanças climáticas, entre outros temas e 24 países. No Brasil, foram entrevistadas mil pessoas em cada um dos meses de agosto a outubro.