IPCA-15 da Região Metropolitana supera indicador nacional e chega a 0,56% em dezembro

Índice ficou 0,05 ponto percentual abaixo do resultado de novembro, que foi de 0,61%

Foto: Alina Souza / CP

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de dezembro foi de 0,56% na Região Metropolitana de Porto Alegre, 0,05 ponto percentual abaixo do resultado de novembro (0,61%). A alta, pouco acima da média nacional (0,52%), foi a terceira consecutiva do IPCA-15, após dois meses de deflação, acumulando aumento de 3,93% em 2022. No trimestre, o indicador acumula 1,46% contra 0,97 em dezembro de 2021. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 23.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em dezembro. A maior variação foi a dos Transportes (1,12%), que tiveram também o maior impacto no mês, 0,23 ponto percentual. A seguir, veio Habitação (0,90%), que contribuiu com 0,13 ponto percentual. Os resultados de Alimentação e bebidas (0,44%), que acumulou alta de 14,17% no ano, e de Despesas pessoais (0,59%), que acelerou em relação a novembro (0,30%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,20% de Comunicação e a alta de 0,56% de Vestuário.

TRANSPORTES

O grupo dos Transportes acelerou de novembro (0,44%) para dezembro (1,12%), principalmente em função da alta nos preços da gasolina (2,74%), que voltaram a subir em novembro após cinco meses de queda. O combustível contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês, 0,16 ponto percentual. Seguiram em alta também os serviços de seguro voluntário de veículo (2,15%) e emplacamento e licença (1,64%). Por outro lado, tiveram queda as passagens aéreas (-2,19%) e os automóveis usados (-1,03%).

Em Habitação (0,90%), a principal contribuição veio da energia elétrica residencial (1,74%), com 0,06 ponto percentual, devido ao reajuste de 3,62% em uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre, em vigor desde 22 de novembro. Destaca-se também a alta nos preços do aluguel residencial (2,02%), pelo quarto mês consecutivo.

ALIMENTAÇÃO

O grupo Alimentação e bebidas (0,44%), embora tenha desacelerado frente a novembro (0,75%), teve a terceira maior contribuição para o índice geral de dezembro, com 0,10 ponto percentual. Os preços dos alimentos para consumo no domicílio subiram 0,54%, influenciados pelas altas da cebola (21,49%) e do tomate (14,66%). Nos últimos três meses, as variações acumuladas desses dois produtos foram de 50,90% e 48,49%, respectivamente. Além disso, os preços das carnes (0,94%) também subiram em dezembro, contribuindo para a alta do grupo. No lado das quedas, destaca-se o leite longa vida (-10,19%), que ainda assim acumula alta de 15,23% no ano, além da banana d’água (-11,73%), da batata-inglesa (-10,92%) e do queijo (-3,28%).

A alimentação fora do domicílio (0,17%) acelerou em relação ao mês anterior (0,07%), graças ao lanche, que passou de queda de 0,72% em novembro para alta de 1,69% em dezembro. Com a refeição aconteceu o movimento oposto, alta de 0,40% em novembro e queda de 0,36% em dezembro.

Em Despesas pessoais (0,59%), a aceleração frente a novembro (0,30%) se deve principalmente à alta dos preços dos serviços de hospedagem (2,81%) e de cabeleireiro e barbeiro (1,61%). Os acumulados no ano para os dois subitens são, respectivamente, 24,19% e 6,02%.