O novo Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira, apontou para aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Rio Grande do Sul e em 19 estados de todas as regiões do país: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Nesses estados, o aumento está presente na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos, compatível com aumento das internações associadas à Covid-19.
O estudo mostra crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e estabilidade na de curto prazo (últimas três semanas). A desaceleração na curva nacional pode ser atribuída à queda recente nos casos de SRAG nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Em razão ao cenário atual e à proximidade das celebrações de fim de ano, o pesquisador Marcelo Gomes recomenda a manutenção de cautela em relação a situações de risco de infecção. “Especialmente para pessoas com maior risco de desenvolver casos graves, o uso de máscaras adequadas no transporte público, locais fechados ou mal ventilados, e nas aglomerações deve ser mantido até que o cenário epidemiológico volte à situação de baixa circulação do Sars-CoV-2”, sinaliza o coordenador do InfoGripe.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos de internação em razão de vírus respiratórios se distribuiu da seguinte forma: 1,7% dos casos deram positivo para influenza A; 0,1% para influenza B; 8,3% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 80,2% Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, os números são semelhantes.
Em São Paulo, o VSR mantém presença expressiva nas crianças de 0 a 4 anos, além de apresentar retomada do crescimento nesse público nos três estados da região Sul e no DF.
Monitoramento de leitos no RS
Segundo os dados de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES), em 1.990 leitos de UTI adulto disponíveis, há 1.555 pacientes internados, incluindo 84 com Covid confirmada e 31 com suspeita da doença. Os outros 1.440 pacientes recebem atendimento em razão de outras enfermidades.