Aprovação da PEC mostra que frente ampla está funcionando, declara Haddad

Em um aceno ao presidente da Câmara, Arthur Lira, futuro ministro da Fazenda agradeceu pela abertura de diálogo com todos os líderes

Foto: Marcelo Camargo/ABr

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a análise da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição serviu de “piloto” para testar a base de apoio do novo governo. A avaliação, para ele, é que a frente ampla formada durante a candidatura do agora presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva está funcionando. Haddad afirmou que a equipe buscou manter coesão de forças para isolar o “extremismo”. As declarações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Ao comentar o resultado da votação da Câmara dos Deputados, que aprovou a PEC em segundo turno na tarde desta quarta-feira, Haddad agradeceu, em um aceno ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), pela abertura de diálogo com todos os líderes. O futuro ministro se disse satisfeito com a aprovação, que permite a neutralidade fiscal e cumprimento de promessas de campanha.

Além disso, ressaltou que o dispositivo da PEC que permite o uso de até R$ 23 bilhões no próximo ano para investimentos não causa desequilíbrio fiscal, já que serão utilizados recursos arrecadados com o PIS. Segundo ele, o texto não gera impacto fiscal nenhum em relação a este ano e também não influenciou nos nomes de ministros que serão anunciados por Lula.

Haddad afirmou que, nesta semana, houve muitos avanços em relação à distribuição de recursos por meio das emendas parlamentares. Segundo ele, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou o Orçamento Secreto inconstitucional, o Congresso volta para o regime anterior, de emendas individuais, bancada e comissão. “Quem aprova o orçamento é o Congresso, com regras de transparência.”