O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sondou o senador eleito Renan Filho (MDB-AL) para o Ministério do Planejamento. Eles conversaram por telefone na última semana. O parlamentar é bem visto para o cargo, uma vez que equilibrou as contas públicas em Alagoas na época em que governou o estado nordestino.
Renan é filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), aliado do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e é um dos nomes que a bancada do MDB no Senado avalia indicar para compor a terceira gestão do petista à frente do Palácio do Planalto.
Os emedebistas querem três ministérios no novo governo. Porém, o partido pleiteia que o senador eleito entre na “cota pessoal” de Lula, não como representante da sigla.
Além de Renan Filho, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) e a ex-secretária de Orçamento Esther Duek também são nomes cotados para assumir o Ministério do Planejamento, segundo apurou a reportagem do R7.
Desmembramento
No próximo ano, a Economia vai ser dividida em três pastas: Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio e Serviços. Lula sofre pressão do mercado, que pressiona para que o futuro comandante da área econômica tenha perfil mais técnico do que político.
A reportagem do R7 apurou também que há uma avaliação de que o Planejamento também possa ser dividido. A ideia é deixar o ministério com temas relacionados ao Orçamento da União e políticas de longo prazo.
Já a outra pasta pode tratar de questões burocráticas e digitais, visando o aperfeiçoamento da gestão pública. Ainda não se sabe se, de fato, deve ser criado um ministério ou uma secretaria com o status de ministério vinculada à Presidência da República. Entre os temas dessa área, a gestão de patrimônio e discussões sobre reajustes.
Perfil
Questionado pela reportagem da Record TV no início deste mês, Lula evitou dizer se o futuro ministro do Planejamento vai ou não ter um perfil mais técnico e disse apenas que o titular deve ser alinhado com o ministro da Fazenda, para que não haja divergências entre as pastas. Escolhido ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP) é considerado pelo mercado um articulador mais político.
