Perícia ambiental do IGP detecta que desmatamento ilegal cresceu 187% no RS

Estudo que analisou período entre os anos 2020 e 2022 revela que área desmatada equivale a R$ 143 milhões

Perícias comprovam aumento da área submetida a crime ambiental no RS. Foto: Divulgação/IGP

O Instituto Geral de Perícias (IGP) divulgou, nesta sexta-feira, ter conseguido detectar um aumento de 187% de territórios atingidos por crimes ambientais, no período entre os anos 2000 e 2022, no Rio Grande do Sul. Segundo o laudo da perícia ambiental, a área desmatada equivale a R$ 143 milhões.

O estudo realizado pela Seção Ambiental do Departamento de Criminalística do IGP mostrou que as maiores porções de devastação ocorreram na região Nordeste do estado, nos municípios de Pinhal da Serra, Lagoa Vermelha e Vacaria. No período analisado foram desmatados 971,9 hectares. Cada hectare equivale a um campo de futebol.

“A pressão sobre as áreas de floresta é justificada pelos infratores pela necessidade de aumento das áreas de cultivo agrícola ou pelo desconhecimento da legislação ambiental”, declarou a chefe da Seção de Perícias Ambientais, Renata Vieira.

Segundo ela, a maioria das agressões ambientais ocorre na Mata Atlântica. Para fazer as perícias, são utilizados drones e imagens de satélite, além de dados da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Cadastro Ambiental Rural (Car).

A análise dos dados fortalece o entendimento da necessidade de ações contundentes e interinstitucionais para o efetivo combate ao desmatamento no Rio Grande do Sul, assim como na coibição de outros crimes ambientais”, concluiu a perita.