Importância da imprensa na sociedade gaúcha pauta última edição de 2022 do ‘Tá Na Mesa’, da Federasul

Além de abordar a temática, encontro teve homenagens de despedida ao jornalista Voltaire Porto

Foto: Alina Souza/Correio do Povo

O jornalismo e a sua importância na formação da sociedade gaúcha pautou a última edição do ano da reunião-almoço ‘Tá Na Mesa’, organizada pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul). O painel, que começou por volta do 12h, contou com a participação de seis representantes dos principais grupos de comunicação do Estado, entre eles o diretor de redação do Correio do Povo, Telmo Flor, e do presidente do Grupo Record RS, Gustavo Paulus.

De acordo com o executivo, que assumiu a presidência da praça no Rio Grande do Sul no fim de novembro, a mídia tradicional cumpre um papel relevante, principalmente para distorcer as “fake news”, com objetivo de levar à população a informação de qualidade. “A sociedade se envolve, reconhece a credibilidade do veículo de comunicação, passando a buscar e privilegiar este conteúdo em relação a outras plataformas duvidosas, dando a oportunidade dos veículos, como força, se manterem e prolongarem em suas vidas”, pontuou.

Já Telmo Flor, durante a explanação, optou por destacar a imprensa profissional, já que as empresas e os jornalistas são “usuários profissionais da liberdade de expressão”. “O papel da imprensa na democracia é evidente sob diversos aspectos, mas a responsabilidade e a responsabilização são, para mim, essenciais. Está escrito no artigo 5° da Constituição, que estabelece a liberdade de expressão, mas também há uma vírgula nele, na qual veda o anonimato. Nós, da imprensa profissional, temos responsabilidades não só com o cumprimento da lei, mas também temos responsabilidades com os leitores, telespectadores, ouvintes, usuários da internet, anunciantes, sociedade geral e, até mesmo, com o nosso próprio destino”.

O presidente da Federasul, Anderson Trautmann, afirmou que responder à pergunta “Qual o papel da imprensa na democracia” não é uma tarefa fácil, em virtude dos múltiplos papeis que o jornalista desempenha na sociedade. Parafraseando a tradição norte-americana, o dirigente classificou a imprensa como “o cão de guarda dos regimes democráticos”. “É papel da imprensa ser um ente da sociedade civil responsável por fiscalizar o problema, por desvelar aquilo que está escondido e por tornar públicos os atos dos governantes. Esta, portanto, é uma nobre e enorme responsabilidade que recai sobre todos vocês (jornalistas)”, disse Trautmann, que deixa a gestão da entidade no fim de 2022.

A última edição do “Tá Na Mesa” também teve homenagens de despedida ao jornalista da Rádio Guaíba Voltaire Porto, que morreu na noite dessa terça-feira. Entre as mensagens, os painelistas e o presidente da Federasul lembraram da irreverência e da trajetória do profissional.