Setor de serviços gaúcho tem queda de 1,9%, aponta IBGE

Brasil registrou queda de 0,6% em outubro, na comparação com setembro

Lista inclui atividades como personal trainer, relações públicas e economistas domésticos | Foto: Freepik

O setor de serviços no Brasil registrou queda de 0,6% em outubro, na comparação com setembro, interrompendo uma sequência de cinco meses seguidos de crescimento. É o que apontam os dados divulgados nesta terça-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e coloca o setor 10,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia). O Rio Grande do Sul encerrou o mesmo período com queda de -1,9%, mas acumula alta de 11,8% no ano e de 7,5% na comparação com outubro do ano passado.

Na comparação com igual período de 2021, o volume de serviços no país teve sua 20ª taxa positiva consecutiva (9,5%). O acumulado do ano foi de 8,7% frente a igual período de 2021. O acumulado em 12 meses passou de 8,8% em setembro para 9,0% em outubro.

Em setembro, o setor de serviços havia alcançado o novo recorde da série histórica, superando o nível de novembro de 2014. A despeito do revés observado neste mês, o volume de serviços ainda se encontra 10,5% acima do nível de fevereiro de 2020, marco do patamar pré-pandemia. O recuo foi acompanhado por três das cinco atividades investigadas, com destaque para o setor de transportes (-1,8%), com taxas negativas em todos os segmentos investigados, seja por modal: terrestre (-1,0%), aquaviário (-0,6%), aéreo (-10,1%) e armazenagem e correio (-1,2%) ou por tipo de uso: passageiros (-5,5%) e cargas (-2,0%).

As demais retrações do mês vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,8%) e dos prestados às famílias (-1,5%), com o primeiro sendo impactado pelos serviços técnico-profissionais (-3,7%) e o segundo interrompendo sequência de sete taxas positivas, período em que acumulou ganho de 10,8%.

Em sentido oposto, informação e comunicação (0,7%) e outros serviços (2,6%) exerceram as contribuições positivas do mês, com o primeiro setor acumulando um ganho de 4,7% entre julho e outubro e o segundo recuperando boa parte do recuo de 3,1% verificado em setembro.

A média móvel trimestral foi de 0,4% no trimestre encerrado em outubro de 2022 frente ao nível do mês anterior, mantendo o comportamento predominantemente positivo desde julho de 2020. Em outubro de 2022, o volume de serviços aumentou 9,5% frente a outubro de 2021, décima nona taxa positiva seguida. Houve expansão em todas as cinco atividades e crescimento em 67,5% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (12,0%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços. Os demais avanços vieram de informação e comunicação (8,3%); dos profissionais, administrativos e complementares (8,3%); dos prestados às famílias (10,7%) e de outros serviços (6,5%).

O acumulado do ano, frente a igual período de 2021, subiu 8,7%, com taxas positivas em quatros das cinco atividades e em 66,3% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,9%), impulsionado pelo aumento das receitas das empresas de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; rodoviário coletivo de passageiros; gestão de portos e terminais; e navegação de apoio marítimo e portuário. Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (27,9%); profissionais, administrativos e complementares (7,8%); e informação e comunicação (3,7%).