A indústria eletroeletrônica brasileira vai fechar o ano de 2022 com um faturamento de R$ 220,4 bilhões, e que representa crescimento nominal de 4% na comparação com 2021. A projeção foi feita nesta quinta-feira, 08, pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o que representará um desempenho real (descontada a inflação) de 2% de queda. A produção física do setor recuou 4% em 2022 sobre o ano passado. Para o próximo ano, a entidade projeta crescimento nominal de 5% do faturamento do setor eletroeletrônico, alcançando R$ 231 bilhões.
Áreas como Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) de energia elétrica, de Automação Industrial e de Equipamentos Industriais cresceram, em termos reais, 13%, 12% e 10%, respectivamente, segundo a entidade. Já os faturamentos dos segmentos de Informática, Dispositivos Móveis (celulares) e Utilidades Domésticas caíram 6%, 2% e 11%, respectivamente.
EMPREGO
Conforme a Abinee houve um aumento de 2% do volume de empregos gerados pelas associadas da entidade, de 264 mil em dezembro de 2021 para 270 mil no fim deste ano. Nos últimos dois anos foram abertas quase 23 mil vagas de emprego.
As exportações do setor cresceram 16% em 2022, de US$ 5,7 bilhões para US$ 6,6 bilhões. As importações aumentaram 14%, de US$ 40,2 bilhões em 2021 para US$ 45,9 bilhões, provocando um déficit da balança comercial setorial de US$ 39,3 bilhões, 14% superior ao ano de 2021.
A associação também estima que o setor utilize hoje cerca de 80% de sua capacidade instalada, ante 79% há um ano. Os investimentos somaram R$ 3,792 bilhões em 2022, 6% a mais do que em 2021.
PROJEÇÕES
Quanto às exportações, a Abinee espera crescimento de 2%, para US$ 6,8 bilhões, ficando em alta de 3% para as importações, chegando a US$ 47,3 bilhões. Os investimentos deverão voltar a subir 6%, para R$ 4,019 bilhões. O uso da capacidade instalada tende a aumentar mais 1 ponto porcentual, para 81%.
As associadas da Abinee se dividem sobre a perspectiva de normalização do abastecimento de semicondutores: 33% delas acreditam que isso ocorrerá até meados de 2023; 28% até o fim do ano que vem; 15% acham que a normalização se dará apenas a partir de 2023; e 19% não têm previsão.
