Dois réus são condenados e um absolvido pela morte de menina de 12 anos em Porto Alegre

Laisa Manganeli Remédios foi morta em setembro de 2016, em Porto Alegre

Foto: Fabiana Fernandes - DICOM-TJRS

Após mais de 22 horas de julgamento, o Conselho de Sentença decidiu pela condenação dos réus Douglas de Sá Gomes e Gustavo da Luz Marques e pela absolvição de José Dalvani Nunes Rodrigues, vulgo Minhoca, no caso do assassinato de uma menina de 12 anos, em setembro de 2016, em Porto Alegre.

Eles foram acusados pela morte de Laisa Manganeli Remédios. Os três haviam sido denunciados pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e cárcere privado. O Conselho de Sentença foi formado por quatro mulheres e três homens. José Dalvani Nunes Rodrigues foi absolvido de todos os delitos. Douglas de Sá Gomes foi absolvido somente do crime de cárcere privado e foi condenado a 37 anos e 9 meses de prisão. E Gustavo da Luz Marques foi condenado por todas as acusações a uma pena de 26 anos, 6 meses e 10 dias.

Segunda a denúncia, a vítima teria sido mantida em cárcere por muitas horas sabendo que seria executada. Após, teria sido levada a um cemitério clandestino onde foi decapitada. O motivo do crime, conforme a denúncia, foi em razão de a vítima, na data do fato, estar conversando e passando informações para integrantes de uma facção rival à facção dos réus.

A primeira testemunha de acusação a depor foi o Delegado Gabriel Oliveira Bicca. Em 2016, ele foi o responsável pelas investigações do crime. Em sua oitiva, falou que os pilares das investigações na época eram em relação aos índices de violência na cidade, como também a dinâmica dos crimes executados, disputas e desafetos regionalizados, mais precisamente em bairros da capital. Em seguida, foi a testemunha de acusação, a Delegada de Polícia Luciana Peres Smith, que narrou como foi a delação premiada que revelou o crime.