Geração de emprego em 2023 deve ser menor, estima Fiergs

No Rio Grande do Sul, aponta federação, estima-se a criação de 38 mil empregos, sendo 12 mil na Indústria.

Crédito: Alina Souza/Correio do Povo

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) é mais uma das entidades empresariais gaúchas a olhar para os números de 2022 e projetar um cenário recessivo e de desaceleração para a economia brasileira e gaúcha no próximo ano. ”Me preocupa a baixa confiança empresarial. Sem investimento do empresário não tem como reverter este cenário”, disse o presidente da Fiergs Gilberto Porcello Petry.

Durante a divulgação do Balanço e Perspectivas para 2023 nesta terça-feira, 6, a entidade  projetou que a geração de postos de trabalho tende a diminuir o ritmo no próximo ano, com abertura de 550 mil vagas com carteira assinada no País. No Rio Grande do Sul, estima-se a criação de 38 mil empregos, sendo 12 mil na Indústria.

MENOR CRESCIMENTO

O saldo de vagas formais deve ser mais baixo, segundo a Fiergs, do que nos anos anteriores em decorrência do menor crescimento esperado para a Indústria e os Serviços, os setores que, historicamente, concentram a geração de emprego no Estado. “Os segmentos de melhor desempenho devem ser os de máquinas e equipamentos, alimentos e calçadista”, projeta o economista chefe da Fiergs, André Nunes de Nunes, que coordenou o estudo.

No estudo da área econômica da federação, a incerteza sobre a condução da política fiscal e suas consequências sobre a percepção do risco-país devem apontar para um cenário mais volátil no ano que vem, “colocando dúvidas sobre quando o Comitê de Política Monetária iniciará o ciclo de redução da taxa básica de juros. “A única certeza que temos é que o movimento deve começar mais tarde, chegando ao final de 2023 em 12,75% ao ano. Essa conjuntura adversa irá se refletir em uma taxa de câmbio mais desvalorizada, a qual deverá encerrar 2023 em R$/US$ 5,35”, aponta o documento.

Para os técnicos da entidade, incerteza sobre a condução da política fiscal e suas consequências sobre a percepção do risco-país devem apontar para um cenário mais volátil no ano que vem, colocando dúvidas sobre quando o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciará o ciclo de redução da taxa básica de juros. “A única certeza que temos é que o movimento deve começar mais tarde, chegando ao final de 2023 em 12,75% ao ano. Essa conjuntura adversa irá se refletir em uma taxa de câmbio mais desvalorizada, a qual deverá encerrar 2023 em R$/US$ 5,35”, aponta o documento.