Taxa de desemprego fecha trimestre em 9 milhões de brasileiros e cai 12,1% sobre 2021, diz IBGE

Houve recuo de 0,8 ponto percentual na comparação com o trimestre de maio a julho de 2022

Pessoas sem carteira de trabalho estão entre as mais vulneráveis | Foto: Marcos Santos/USP Imagens/CP
Foto: Marcos Santos/USP Imagens/CP

A taxa de desemprego chegou a 8,3% no trimestre móvel de agosto a outubro de 2022, um recuou 0,8 ponto percentual na comparação com o trimestre de maio a julho de 2022 (9,1%) e 3,8 pontos percentuais frente ao mesmo período de 2021 (12,1%). A população desocupada (9 milhões de pessoas) caiu ao menor nível desde o trimestre móvel terminado em julho de 2015, recuando 8,7% (menos 860 mil pessoas) no trimestre e 30,1% (menos 3,9 milhões) no ano. Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

A população ocupada (99,7 milhões) foi recorde da série iniciada em 2012, com alta de 1,0% (1,0 milhão) ante o trimestre anterior e de 6,1% (mais 5,7 milhões) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 57,4%, subindo 0,4 ponto percentual no trimestre e 2,8 pontos percentuais no ano. Foi o nível mais alto desde o trimestre móvel terminado em abril de 2015.

A taxa composta de subutilização (19,5%) foi a menor desde o trimestre móvel terminado em janeiro de 2016 caindo 1,4 ponto percentual no trimestre e 6,2 pontos percentuais no ano. A população subutilizada (22,7 milhões de pessoas) caiu 6,7% (menos 1,6 milhão) no trimestre e 24,2% (menos 7,2 milhões) no ano.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (6,0 milhões) caiu 7,7% (menos 496 mil pessoas) no trimestre e 21,9% (menos 1,7 milhão de pessoas) no ano. A população fora da força de trabalho (64,9 milhões de pessoas) permaneceu estável nas duas comparações.

POPULAÇÃO DESALENTADA

A população desalentada (4,2 milhões de pessoas) manteve estabilidade ante o trimestre anterior e caiu 17,6% (menos 894 mil pessoas) na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,7%) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 0,8 ponto percentual frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (sem os trabalhadores domésticos) foi de 36,6 milhões, subindo 2,3% (822 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 8,1% (mais 2,7 milhões de pessoas) na comparação anual. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,4 milhões de pessoas) aumentou 2,3% (297 mil) no trimestre e subiu 11,8% (1,4 milhão) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria foi de 25,4 milhões de pessoas, caindo 1,8% (462 mil pessoas) no trimestre mantendo estabilidade na comparação anual. O número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões) permaneceu estável ante o trimestre anterior e subiu 6,7% (mais 369 mil pessoas) no ano. O número de empregadores (4,4 milhões) ficou estável no trimestre e subiu 13,3% (514 mil pessoas) no ano.

SETOR PÚBLICO

O número de empregados no setor público foi recorde da série histórica (12,3 milhões) crescendo 2,3% (279 mil pessoas) no trimestre e 10,4% (1,2 milhão de pessoas) no ano. Outro recorde foi o número de empregados no setor público sem carteira assinada (3,1 milhões) que cresceu 9,3% (266 mil pessoas) no trimestre e 33,6% (785 mil pessoas) no ano.

A taxa de informalidade foi 39,1% da população ocupada, contra 39,8% no trimestre móvel terminado em julho e 40,7% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais chegou a 39,0 milhões. O rendimento real habitual (R$ 2.754) cresceu 2,9% em relação ao trimestre anterior e 4,7% na comparação anual. A massa de rendimento real habitual (R$ 269,5 bilhões) foi recorde da série histórica, crescendo 4,0% no trimestre e 11,5% na comparação anual.