Professores de Novo Hamburgo farão greve da rede municipal a partir desta quinta

Fim do ano letivo nas 90 escolas era previsto para 21 de dezembro

Foto: Fernanda Bassôa / Especial / CP

Professores da rede municipal de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, devem paralisar as atividades, a partir desta quinta-feira, em razão de um pacote com cinco projetos de lei, de autoria do Executivo, que tramita na Câmara de Vereadores, em regime de urgência, relacionados à Previdência e a Assistência do Instituto de Previdência dos Servidores (Ipasem). A estimativa é de que o pacote seja votado em 12 de dezembro.

De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Professores de Novo Hamburgo (SindProfNH), Rosane Moura, a proposta, “absurda” e “nada sensata”, vai “confiscar salários” da categoria.

Entre os projetos em discussão, o aumento da contribuição previdenciária dos servidores públicos, ativos e inativos, e pensionistas, de 14% para 19%. A prefeitura também propõe aumentar em 20 anos o tempo de contribuição, além de reduzir a contribuição patronal na assistência médica.

O fim do ano letivo nas 90 escolas do município era previsto para 21 de dezembro. Novo Hamburgo soma três mil professores e 23 mil alunos na rede municipal. A entidade estima que a paralisação conte com 100% de adesão.

Em nota, a Prefeitura de Novo Hamburgo informou que o secretário municipal da Fazenda, Gilberto dos Reis, estranha a decisão do Sindicato dos Professores de anunciar greve. Ele garante que convidou a entidade a participar da construção dos projetos, em março, sem que tenham sido enviados representantes. A secretária municipal de Educação, Maristela Guasselli, enfatiza que as escolas estarão abertas, com atendimento mantido de acordo com o calendário letivo escolar.