O Índice de Confiança Empresarial (ICE) encerrou o mês de novembro em queda de 6,7 pontos em novembro, comparado com outubro, para 91,1 pontos. A informação foi divulgada nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador cedeu 3,0 pontos no mês.
Com o recuo, o ICE ficou no menor nível desde fevereiro deste ano, quando atingiu 91,1 pontos. Segundo a FGV, “a forte queda da confiança empresarial em novembro está relacionada à percepção de desaceleração do nível de atividade corrente e da perspectiva de continuidade desta tendência nos próximos meses”.
O indicador reúne informações de confiança produzidos pelas sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção, com base na participação na economia dos setores investigados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A FGV avaliou ainda que “o aumento do pessimismo parece também ser acentuado em alguns segmentos por dúvidas com relação à política econômica a ser implementada a partir de janeiro de 2023”.
“No Comércio e na Indústria, a queda da a queda da confiança parece mais relacionada à desaceleração em curso, com preocupações com relação ao nível da demanda, sob impacto da política monetária mais restritiva e da limitação imposta pelo nível elevado de endividamento das famílias. Nos Serviços e na Construção, são as expectativas que mais influenciaram na queda dos índices no mês”, diz a nota divulgada pela FGV.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 4,1 pontos, para 95,2 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) tombou 8,0 pontos, para 87,9 pontos. Em dois meses, o índice acumulou queda de 12,0 pontos, atingindo o menor nível desde março de 2021, quando o componente estava em 85,2 pontos.
Na passagem de outubro para novembro, apenas 16% dos 49 segmentos empresariais pesquisados nas sondagens de confiança da FGV registraram resultado positivo. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.841 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 27 de novembro.