Contrariando o desempenho nacional, o comércio de Porto Alegre verificou um saldo positivo com as vendas da Black Friday 2022. É o que nos traduz a pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisa do Sindilojas POA, divulgada nesta terça-feira, 29. Para mais de 60% dos respondentes, o faturamento nas vendas das promoções atingiu as expectativas dos lojistas, sendo que 39% dos lojistas afirmaram ter aumento de vendas na data, enquanto 23% disseram que o volume de negócios se manteve igual a 2021.
No Brasil, dados são do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), o volume de vendas no varejo apresentou crescimento de 6,9% na Black Friday comparado com a mesma data no ano passado. Já consultoria NielsenIQ|Ebit apontou queda de 23% em relação ao desempenho de 2021 no comércio eletrônico durante a promoção.
Conforme dados do Sindilojas, o ticket médio ficou em R$ 1.574, com maior movimento – quase 90% – no próprio dia 25, a sexta-feira da Black Friday. Em seguida, com 7,5%, ficou o dia 24, o “pré” Black Friday. As vendas nas lojas físicas, para 84% das pessoas, a escolha foi pelo parcelamento no cartão de crédito. Compras à vista no débito ficou com apenas 7% das citações. Já no online, a preferência fica pelo pagamento através de links, com 80,5%.
BLACK FRIDAY X NATAL
Segundo a pesquisa do Sindilojas Porto Alegre, 77% das pessoas responderam que a Black não afeta as vendas do Natal. Em compensação, o efeito do Mundial de Futebol trouxe boas notícias para a maioria dos entrevistados. Um total de 82% crê que os produtos da Copa auxiliaram as vendas para a semana da Black Friday.
“As datas comemorativas vem apresentando números positivos neste ano, inclusive nesta Black Friday. Mais de 60% dos consumidores da capital gaúcha tiveram as suas expectativas atingidas, e quase metade aumentou as vendas em relação a 2021”, resumiu Arcione Piva, presidente do Sindilojas POA.
O levantamento indicou, ainda, que os produtos mais vendidos no comércio de Porto Alegre, por segmento. No segmento de eletroeletrônicos: Celulares (27,5%), Televisores (25,8%), Refrigeradores (20,5%), Máquinas de lavar (17%), Fogões (7%). No segmento de Vestuário: Camisetas (29,4%), Blusas (26,4%), Vestidos (20,6%), Cuecas/lingeries (11,8%), Bermudas (11,8%).