Natal dos gaúchos deverá ser com mais presentes mas de valor mais baixo, aponta Fecomércio-RS

Gasto médio deverá ficar em R$ 561,28, com um volume médio de 4,3 presentes por consumidor

Comércio no Natal. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Mais presentes, mas de valor menor que em 2021. Assim deve ser o Natal dos gaúchos, segundo Pesquisa de Final de Ano divulgada nesta segunda-feira, 28, pea Fecomércio-RS, com as intenções de compra dos gaúchos para o Natal. Conforme dados do levantamento, além da volta da normalidade estimular gastos com serviços, a Copa do Mundo fora de época impulsiona outros gastos do consumidor.

A pesquisa evidenciou que entre os que pretendem presentear, 44,4% indicou que a renda familiar está menor em relação ao período pré-pandemia. Com isso, o levantamento indicou que o gasto deverá ficar em R$ 561,28, com um volume médio de 4,3 presentes por consumidor.

A pesquisa reforça o que já tinha sido verificado em outras pesquisas: as mulheres presenteiam mais, mas gastam menos. Entre os presentes mais escolhidos para a data, destaque para artigos de vestuário (66,2%), brinquedos (40,8%) e calçados (10,4%). Em relação a compras na Black Friday, 50,6% dos entrevistados referiram que pretendem fazer compras de Natal na ocasião.

DESEMPREGO PESA NA DECISÃO

Entre os que não vão presentear em 2022, razões econômicas são as principais motivações para não comprar presentes nesse fim de ano. Entre as justificativas, desemprego (16,6%), estar economizando (15,6%) e falta de recursos (14,6%) foram os principais motivos apontados pelos 38,2% dos entrevistados que não pretendiam comprar presentes. Os que ainda não sabiam se presenteariam no Natal eram 13,0% naquele momento – um percentual alto diante do histórico recente de pesquisas.

“A pesquisa apontou que em 2022, as pessoas vão presentear mais, mas o valor médio dos presentes tende a ser menor do que no ano passado. De maneira geral, os consumidores estão mais cautelosos quanto aos gastos com presentes nesse fim de ano, sinal de que os lojistas devem redobrar seu esforço de venda”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

Foram abordados 790 indivíduos dos quais 48,7% responderam que pretendiam comprar presentes para a data, totalizando a amostra mínima de 385 indivíduos. A partir dessa amostra buscou-se identificar o perfil do consumo de presentes de Natal em 2022. O público-alvo foram consumidores entrevistados no período de 05 a 24 de outubro de 2022 na principal cidade de cada macrorregião do Estado: Santa Maria, Porto Alegre, Caxias do Sul, Ijuí e Pelotas.

FATORES DETERMINANTES

A pesquisa mostrou que 63,9% dos que pretendem presentear no Natal de 2022 tendem a repetir as mesmas lojas que realizaram suas compras no ano passado. “O percentual de pessoas que volta às mesmas lojas é muito grande. Dessa forma, é fundamental garantir a primeira venda, ela abre portas para muitas compras futuras”, ressaltou  Bohn.

Entre os locais de compra, os mais citados foram as lojas dos centros das cidades (62,9%); shopping centers apareceram com 21,6% das preferências, seguidos das compras feitas na internet, com 17,4%. Ainda que as lojas físicas apareçam em destaque nas preferências dos consumidores, 36,6% afirmaram ser influenciados por redes sociais no momento de consumir.

O preço segue como fator determinante para definir a compra para 74,5% dos consumidores, seguido pelo atendimento, destacado por 21,3%. Em 2022, mais uma vez a última semana deverá concentrar um grande volume de vendas. Entre os respondentes, 54,3% deverão fazer suas compras de Natal nesse período. Quanto ao pagamento, dinheiro foi a forma mais indicada (42,3%), seguido por cartão de crédito parcelado (24,7%). Entre os que pretendem parcelar – no cartão de crédito ou no crediário/carnê, 40,0% pretendem pagar em até 3 parcelas.

A pesquisa mostrou ainda que entre aqueles que recebem 13° salário (57,4% dos entrevistados), os principais destinos dessa remuneração são poupar (30,3%), pagar as contas do mês (27,1%) e pagar contas em atraso (20,8%). A compra de presentes (19,9%) apareceu na sequência com percentual semelhante ao pagamento de contas em atraso.