Dia “D” reforça campanha de vacinação em cidades de fronteira

Ministros da Saúde do Brasil e do Uruguai estiveram em cidade gaúcha

Foto: Rovena Rosa/ABr

Em uma ação conjunta com o governo do Uruguai, o Ministério da Saúde do Brasil promoveu hoje em Santana do Livramento, cidade vizinha do município uruguaio de Rivera, o Dia “D” da Campanha de Vacinação nas Fronteiras. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou que essa estratégia teve início em maio em todas as cidades que fazem fronteira com países da América do Sul.

“São 33 cidades gêmeas, cidades binacionais e, às vezes, tríplice fronteira, onde vivem mais de 1,3 milhão de brasileiros”, apontou durante a cerimônia de abertura que contou também com autoridades uruguaias e locais.

“O motivo aqui é falar da importância do esquema de vacinação que temos nos nossos países. Durante a pandemia, em alguns países, alguns mais e outros menos, a cobertura da carteira de vacinação baixou”, alertou o ministro de Saúde do Uruguai, Daniel Salinas.

Ele chamou atenção, sobretudo, para a poliomielite. “Não temos casos, mas já está ocorrendo em outros países”, lamentou. Salinas convocou pais, mães e responsáveis a vacinar as crianças. “Temos que ter iniciativa frente a essas doenças e proteger os mais desvalidos e as crianças, que não têm o poder de decisão de se vacinar.”

Em Santana do Livramento, as vacinas podem ser encontradas hoje no Parque Internacional da cidade. Pessoas de todas as idades podem se imunizar com as doses recomendadas, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. As doses disponíveis incluem a da poliomielite, tríplice viral, Covid-19, febre amarela e influenza.

“Nós só estaremos seguros quando todos estiverem seguros. Não só em relação a doenças que são transmissíveis, mas também a outras doenças, doenças crônicas não transmissíveis que são as principais causas de óbito”, declarou o ministro.

Com a campanha, quem mora na cidade gaúcha ou em Rivera, no Uruguai, pode ter acesso às vacinas em qualquer dos países. “É um esforço conjunto para termos segurança sanitária”, disse Queiroga.

O ministério reforça que a baixa cobertura vacinal nas regiões de fronteira representa um grave risco para à saúde pública. A meta do órgão é atualizar a situação vacinal da população, de todas as faixas etárias, residente nos municípios brasileiros ou estrangeiros que estiverem no Brasil. Esse esforço na fronteira busca impedir a reintrodução de doenças imunopreveníveis em território nacional.

A intensificação vacinal na fronteira segue até 16 de dezembro.