Republicanos não autorizou relatório do PL que contesta votos em urnas anteriores a 2020

Presidente da legenda, deputado Marcos Pereira (SP), disse que vai recorrer da decisão de Moraes que bloqueia verba partidária

Foto: Paulo Sérgio / Câmara dos Deputados / CP

O Republicanos vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a decisão do presidente da Corte, Alexandre de Moraes, que bloqueou as verbas partidárias da coligação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida é uma punição aplicada pelo ministro ao pedido do Partido Liberal para desconsiderar os votos no segundo turno em urnas de modelos anteriores a 2020.

O presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), confirmou a informação ao R7. Ele sustenta ser um erro que a penalidade recaia sobre o partido, já que a legenda não contestou o resultado das urnas em segundo turno. “Como reconhecemos a eleição, não há motivo para bloquear o nosso fundo”, disse.

Nesta quarta-feira, Moraes negou o pedido feito pelo PL e aplicou multa de R$ 22,9 milhões ao partido. O ministro ainda estendeu o bloqueio do fundo partidário a toda a coligação de Bolsonaro, incluindo o Republicanos e o Progressistas (PP).

Na justificativa, o ministro considerou que o partido agiu por litigância de má-fé e classificou o pedido como “esdrúxulo e ilícito, ostensivamente atentatório ao Estado democrático de Direito e realizado de maneira inconsequente com a finalidade de incentivar movimentos criminosos e antidemocráticos”.

À reportagem, Pereira lembrou de declarações públicas feitas em redes sociais nas quais ele reconhece a vitória do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia do resultado. “Apoiamos o presidente Bolsonaro até o último minuto, trabalhamos, mas, nas urnas, o povo escolheu. As urnas são soberanas, não há porque duvidar do resultado”, completou.