Transição fala em risco de paralisação de atividades da PF em 2023 por falta de verba

De acordo com o senador eleito, falta de verba pode comprometer até a posse presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Foto: Thiago Coelho / Governo de Transição

O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), integrante do governo de transição do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta quarta-feira que o orçamento de 2023 previsto para a Polícia Federal é insuficiente e que a falta de verba pode interromper atividades essenciais da corporação.

“O cenário para 2023 é preocupante. A proposta orçamentária inicial, falando de custeio e investimento, excluindo pessoal, era de R$ 1,8 bilhão. Isso foi limitado no âmbito do Ministério da Economia para 2023 para R$ 1,267 bilhão. Teremos para investimento no próximo ano, a prevalecer a situação existente, apenas R$ 31 milhões para a Polícia Federal no país, o ano inteiro”, declarou Dino.

“Se nós somarmos o que é necessário para restabelecer o que já está colapsado hoje com aquilo que são projetos imprescindíveis para 2023, isso implicará em um cenário de paralisação de serviços essenciais da Polícia Federal”, acrescentou o senador eleito.

De acordo com ele, alguns dos riscos são a suspensão da emissão de passaportes, de obras e construções e o pagamento de diárias dos agentes da corporação. Dino comentou que alguns desses serviços já vêm enfrentando dificuldades.

“Tivemos a suspensão da emissão de passaportes, porque houve contingenciamento, e são necessários R$ 74 milhões para retomar normalidade a expedição de passaportes. Nós temos, concretamente, problemas com combustível e diárias na PF. E esses problemas podem criar constrangimentos para operações fundamentais, a exemplo da posse presidencial”, afirmou.