O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina apresentou uma elevação de 11,8 pontos na passagem do terceiro trimestre para o quarto trimestre de 2022, para o patamar 66,5 pontos. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) nesta quarta-feira, 23, ao destacar que o indicador tem se mantido em nível baixo desde o terceiro trimestre de 2013, à exceção do quarto trimestre de 2017, primeiro trimestre de 2018 e terceiro trimestre de 2021.
“Em todos esses trimestres o indicador ficou próximo de 100, que marca o limite entre a zona favorável e a desfavorável”, apontou a FGV, em nota. A melhora do ICE foi puxada pelo Indicador da Situação Atual (ISA) que avançou 22,7 pontos no quarto trimestre de 2022, para 67,0 pontos. Já o Indicador de Expectativas (IE) subiu 0,6 ponto, para 66,1 pontos.
“Os dois indicadores estão agora muito próximos e se mantêm em zona desfavorável do ciclo. Esta é também a primeira vez desde 2012 que o ISA supera (ainda que ligeiramente) o IE”, frisou a FGV.
O desempenho do Clima Econômico no Brasil foi o destaque, com um avanço de 30,0 pontos na passagem do terceiro para o quarto trimestre, para o patamar de 84,5 pontos. O Indicador de Situação Atual do País subiu 49,4 pontos, para 92,3 pontos, enquanto o Indicador de Expectativas teve uma elevação de 10,2 pontos, para 76,9 pontos.
Cinco países melhoram a sua posição no ICE, mas apenas Paraguai (114,7 pontos) e Uruguai (108,2 pontos) estão na zona favorável. Seis países melhoraram a avaliação sobre a situação atual, mas somente o Uruguai (116,7 pontos) e a Colômbia (115,4 pontos) estão na zona favorável. Quatro países registraram alta nas expectativas, mas apenas o Paraguai (171,4 pontos) está na zona favorável, enquanto o Uruguai (100,0 pontos) está na zona neutra.