Anvisa autoriza uso das vacinas de “segunda geração” da Pfizer

Ministério da Saúde ainda não informou se está negociando a compra dessas novas doses

Foto: Alina Souza / CP

Diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votaram por liberar o uso emergencial das “vacinas bivalentes” contra a Covid-19 produzidas pela Pfizer, em reunião extraordinária na noite desta terça-feira.

Os imunizantes Comirnaty Bivalente BA.1 e BA.4/BA.5 foram elaborados para oferecer proteção extra contra a cepa Ômicron e as subvariantes. Elas devem ser aplicadas no Brasil como dose de reforço em pessoas acima dos 12 anos de idade, três meses depois da mais recente. O Ministério da Saúde ainda não informou se está negociando a compra dessas novas doses.  Atualmente, a pasta mantém contrato para a aquisição de 100 milhões de doses da Pfizer a serem entregues a partir deste ano. O acordo prevê o acréscimo de 50 milhões de doses, inclusive imunizantes atualizados ou pediátricos, caso o Ministério peça.

“As vacinas contra o Sars-CoV-2 continuam sendo a melhor esperança para o controle da pandemia.”, afirmou a relatora do caso, diretora Meiruze Freitas, que frisou que as novas vacinas são mais uma ferramenta que pode ser incorporada na estratégia de vacinação ao dar parecer favorável ao pedido da Pfizer.

Os diretores Daniel Pereira, Rômison Mota, Alex Machado Campos e diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres acompanharam o voto da relatora.

Entenda

Consideradas de segunda geração, as vacinas bivalentes protegem contra a variante original do novo coronavírus, da Província de Wuhan (China), e contra as últimas subvariantes da Ômicron. Esta última é mais transmissível, porém mais branda, com o vírus se concentrando na garganta e não atingindo os pulmões. A variante original é menos contagiosa, porém mais perigosa e mais mortal.

Os imunizantes bivalentes terão frascos na cor cinza para facilitar a identificação. As vacinas da Pfizer se valem da tecnologia do RNA mensageiro, em que uma parte da proteína spike, responsável pela fixação do vírus nas células, é injetada para estimular a produção de anticorpos no organismo.