A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou, nesta segunda-feira, o surgimento de mais uma subvariante da Ômicron no Rio Grande do Sul. Conforme o órgão, a nova linhagem, denominada BE.9, apareceu em uma amostra positiva para Covid-19 coletada de um homem em Gramado, na Serra.
Ainda segundo a SES, a BE.9 surgiu inicialmente no Amazonas apresentando um conjunto de mutações semelhantes à BQ.1, e também relacionada a uma maior transmissibilidade.
Por conta disso, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) lançou, nesta segunda-feira, um novo informe com recomendações de atualização do esquema vacinal contra a doença, além da indicação do uso de máscara em alguns casos, como pelas pessoas com comorbidades, que apresentarem sintomas respiratórios e idosos, por exemplo.
BQ.1 predomina
A equipe de vigilância genômica do Cevs realizou, nas últimas semanas, o sequenciamento genético de 100 amostras positivas para Covid-19, coletadas entre setembro e novembro em todas as regiões do Rio Grande do Sul. Das amostras coletas em novembro (57 do total), 70% delas deram positivo para BQ.1. Das amostras de outubro, 3% foram correspondentes a essa subvariante.
“A rápida disseminação da BQ.1 e seu predomínio confirma o alerta emitido semanas atrás após a detecção do primeiro caso no estado. Devido à maior transmissibilidade dessa subvariante, tem se observado um aumento dos casos de Covid-19 em todo o território gaúcho”, disse o coordenador da Vigilância Genômica no Cevs, Richard Steiner Salvato.
Ele ressalta, ainda, que “é de extrema importância que a população busque atualizar a vacinação com as doses de reforço para que não ocorra um aumento de casos graves e hospitalizações, uma vez que a vacinação é a principal medida para conter os casos graves da doença. Além disso, a população deve aumentar os cuidados nesse momento de maior circulação do vírus, por exemplo, fazendo o uso da máscara em ambientes de maior concentração de pessoas”.
Recomendações
Atualização do status vacinal da população não vacinada ou com esquema vacinal incompleto para a faixa etária;
Utilização de máscara:
– Indivíduos imunocomprometidos, idosos e com comorbidades, em locais fechados ou pouco ventilados com grande concentração de pessoas, por serem mais suscetíveis a desenvolver casos graves quando infectados pelo Sar Cov-2;
– Indivíduos sintomáticos respiratórios para evitar a transmissão do quadro clínico;
– Contactantes domiciliares assintomáticos de casos confirmados de Covid-19;
– Indivíduos, principalmente aqueles com maior vulnerabilidade, que apresentarem sintomas compatíveis com síndrome gripal deverão procurar assistência médica para confirmação diagnóstica e monitoramento;
– Os casos confirmados de Covid-19 deverão manter-se afastados por um período máximo de 7 dias ou por 5 dias com teste negativo para Sar Cov-2;
– Intensificar a testagem, por meio do Teste Rápido de Antígeno, dos casos suspeitos de Covid-19