Rendimento do trabalhador gaúcho cresce 7,3% no 3º trimestre, aponta IBGE

Valor de R$ 3.117 supera os R$ 2.906 do trimestre anterior, mas ficou estável com relação a 2021

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Foto: Marcello Casal / Agência Brasil

A taxa de desocupação no Rio Grande do Sul foi estimada em 6% para o terceiro trimestre de 2022. Na comparação com o trimestre anterior (6,3%), se manteve estatisticamente estável, enquanto em relação ao 3º trimestre de 2021 (8,4%) teve queda de 2,4 pontos percentuais. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) foram divulgados nesta quinta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O rendimento real habitual (R$ 3.117) teve aumento de 7,3% em relação ao trimestre anterior (R$ 2.906) e se manteve estatisticamente estável ante o mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.995). A massa de rendimento real habitual (R$ 17,7 bilhões) aumentou nas duas comparações: 8,7% acima do 2º trimestre de 2022 e 9,8% maior que a do 3º trimestre de 2021.

A população desocupada no estado (376 mil pessoas) não teve alteração significativa no trimestre e reduziu 26,6% (menos 136 mil pessoas) na comparação anual. Em Porto Alegre, a desocupação atingiu 6,9% da força de trabalho, enquanto na Região Metropolitana chegou a 7,7%, ambas estáveis frente ao trimestre anterior.

DESOCUPAÇÃO MAIOR ENTRE MULHERES

A taxa de desocupação por sexo no Rio Grande do Sul foi de 4,6% para os homens e 7,7% para as mulheres no 3º trimestre de 2022. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média estadual (6,0%) para os brancos (5,2%) e acima para os pretos (9,6%) e pardos (8,6%). Com relação ao ensino, a taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (11,4%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,1%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (2,4%).

No 3º trimestre de 2022, no Rio Grande do Sul, 15,8% dos desocupados (60 mil pessoas) buscavam por trabalho há menos de um mês, 56,3% (212 mil) buscavam de um mês a menos de um ano, 9,8% (37 mil) de um ano a menos de dois anos e 18,0% (68 mil pessoas) há dois anos ou mais. A taxa composta de subutilização (13,3%) teve queda de 1,6 ponto percentual ante o trimestre anterior (14,9%) e de 4,2 pontos percentuais em relação a igual trimestre de 2021 (17,5%).

A população subutilizada (863 mil pessoas) recuou 10,1% (menos 97 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 22,7% (menos 253 mil pessoas) frente a igual trimestre de 2021. Já a população ocupada (5,9 milhões de pessoas) cresceu 1,6% (mais 91 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 5,6% (mais 312 mil pessoas) na comparação com igual período de 2021.

NÍVEL DE OCUPAÇÃO

O nível da ocupação (percentual de ocupados na população em idade de trabalhar) foi a 61,9%, com ganho de 1,1 ponto percentual frente ao trimestre anterior (60,8%) e de 3,4 pontos percentuais frente ao mesmo período de 2021 (58,5%).

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 2,4 milhões de pessoas, 3,2% (mais 74 mil pessoas) acima do 2º trimestre e 6,2% (mais 138 mil) maior que o do 3º trimestre de 2021.

A taxa de informalidade foi de 31,5% da população ocupada, ou 1,9 milhão de trabalhadores informais. No 2º trimestre de 2022, a taxa foi de 32,8% e, no 3º trimestre de 2021, havia sido de 32,2%.