O Rio Grande do Sul registrou o pior desempenho regional para o seu Produto Interno Bruto (PIB), queda de 7,2%, em 2020. Os dados fazem parte do estudo Contas Regionais de 2020 divulgadas nesta quarta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ano em que a economia mundial foi impactada pela covid-19. O desempenho de São Paulo, com maior representatividade na economia brasileira, apresentou um recuou de 3,5% comparado com 2019.
Entre os piores resultados, o Ceará viu o PIB cair 5,7%. A queda agregada foi observada em 24 dos 27 Estados, incluindo o Distrito Federal (DF). No último dia 4, o IBGE revisou a queda do PIB agregado de 2020 ante 2019 para 3,3%, ante 3,9% da estimativa anterior, com base nas Contas Trimestrais. Apesar da pandemia, cresceram os PIBs de Mato Grosso do Sul (0,2% ante 2019) e Roraima (0,1%). O PIB de Mato Grosso ficou estável na comparação com 2019.
Também tiveram desempenhos piores do que a média (a queda agregada de 3,3%): Rio Grande do Norte (-5,0%), Espírito Santo (-4,4%), Rondônia (-4,4%) e Bahia (-4,4%). Os demais recuos foram em Alagoas (-4,2%), Acre (-4,2%), Pernambuco (-4.1%%), Paraíba (-4,0%), Piauí (-3,5%), além de São Paulo (-3,5%). Ademais o crescimento e a estabilidade verificados em Mato Grosso do Sul, Roraima e Mato Grosso, tiveram desempenhos melhores do que a média nacional Minas Gerais (-3,0%), Rio de Janeiro (-2,9%), Distrito Federal (-2,6%), Amazonas (-1,7%), Goiás (-1,3%) e Pará (-0,2%).
Segundo o IBGE, na passagem de 2019 para 2020, o PIB do Sudeste perdeu 1,1 ponto porcentual de participação do agregado nacional, ficando com 51,9% do total. Houve aumento de 0,6 ponto porcentual na região Norte, para 6,3%, e de 0,5 ponto porcentual no Centro-Oeste, para 10,4%. O Sul manteve sua participação, com 17,2% do PIB nacional, e o Nordeste também ficou com os mesmos 14,2%. Com 31,2% do total da economia do Brasil, São Paulo ainda é o maior PIB regional, mas perdeu 0,6 ponto porcentual de participação na passagem de 2019 para 2020.