Manifestantes se reuniram, no fim da tarde desta quarta-feira, em um protesto na Esquina Democrática, no Centro Histórico de Porto Alegre. Com tambores e bandeiras, movimentos de esquerda pediram respeito ao resultado da eleição presidencial e punição para quem participa de manifestações classificadas como “golpistas” pelo grupo.
“Já vencemos o fascismo nas urnas, mas ele segue nas ruas e estamos aqui para mostrar que não iremos permitir”, afirmou uma das organizadoras do ato, Priscila Voigt, presidente estadual da Unidade Popular. De acordo com os organizadores, o movimento seguiu em caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa. A EPTC acompanha a manifestação.
“Nosso intuito não é o confronto direto”, garantiu Priscila, ao ser questionada sobre um possível embate com os manifestantes pró-Bolsonaro acampados em frente ao quartel-general do Comando Militar do Sul. “Estamos aqui para dialogar com a sociedade”, completou.
Houve queixas por parte dos manifestantes que, de acordo com os organizadores, não puderam fazer uso de carro de som durante o ato. Segundo eles, o uso do carro havia sido autorizado pela EPTC, mas a Brigada Militar (BM) não permitiu levar o carro até a Esquina Democrática, alegando risco de autuação. Questionados pela reportagem, a EPTC informou que nenhum protesto havia sido autorizado com utilização de carro de som e a BM disse que a multa só ocorre em caso de infração de trânsito, como estacionar em local indevido.
