Os analistas do mercado financeiro voltaram a elevar, pela terceira semana consecutiva, a estimativa de inflação para este ano, que passou de 5,63% para 5,82%. A informação consta do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 14, pelo Banco Central, quando foram ouvidas mais de 100 instituições financeiras na semana passada.
A meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. Para o próximo ano, a meta estimada é de 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. De acordo com o boletim Focus, a previsão para 2023 ficou estável em 4,94%.
O mercado financeiro elevou também, de 2,76% para 2,77%, a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Para 2023, a previsão de crescimento ficou estável em 0,70%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Ao sancionar a lei que prevê as diretrizes do orçamento de 2023, o governo informou que a previsão é o PIB crescer 2,5% no ano que vem.
O mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 13,75% ao ano no fim de 2022. A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 permaneceu estável em R$ 5,20, mesma estimativa para a moeda norte-americana para 2023.
Já para a balança comercial, a estimativa de saldo permaneceu em US$ 55 bilhões de resultado positivo em 2022. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado continuou em US$ 56 bilhões de superávit.