O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) pediu, nessa sexta-feira, a abertura de uma investigação sobre o “apagão” de documentos nos computadores do Palácio do Planalto depois da eleição.
O órgão pediu que a Secretaria-Geral da Presidência explique de quem partiu a ordem de formatação dos HDs e se abriu algum procedimento administrativo para investigar as causas e os responsáveis.
O MPF disse que os “fatos são graves e suficientes para instaurar uma investigação”. Também afirmou que a Presidência da República não esclareceu se computadores foram formatados, se arquivos foram danificados ou apagados, se dados sensíveis foram vazados, se dados públicos foram perdidos ou se houve alguma apuração interna sobre a origem do suposto ataque hacker.
“Faz-se necessário, assim, para a adequada proteção do patrimônio público e para a segurança da informação constante de bancos de dados da maior relevância para o Estado brasileiro, que todas as circunstâncias do suposto ataque e da suposta formatação sejam apuradas, bem assim que os agentes públicos envolvidos na ocorrência sejam ouvidos, para melhor esclarecer os fatos, seus desdobramentos e consequências”, cita um trecho do documento que pede abertura da investigação.
O MPF abriu o procedimento depois que o portal Metrópoles revelou que HDs de equipamentos da Presidência da República foram formatados em razão de uma suposta ameaça aos sistemas e aos bancos de dados do governo.
A Secretaria-Geral da Presidência disse ter detectado um “malware” em algumas estações de trabalho. A infecção, segundo a nota divulgada, ocorreu por meio de “phishing” – técnica usada na internet para o roubo de material confidencial. A pasta garantiu que não houve vazamento de dados, nem comprometimento de sistemas hospedados na rede da presidência.
