Operação mira traficantes que vendiam drogas e armas pelas redes sociais

Policiais cumprem mandados de prisão em quatro cidades gaúchas e no Uruguai

Foto: Polícia Civil / Divulgação

A Polícia Civil realiza, nesta quinta-feira, operação policial de combate à venda de entorpecentes e armas pela internet. Estão sendo cumpridas 20 ordens judiciais de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão em quatro cidades gaúchas e no Uruguai. A ofensiva da 1ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico do DENARC, coordenados pelo Delegado Guilherme Dill, conta com o apoio da SUSEPE e da Polícia Federal. Até o momento, 13 pessoas foram presas.

As ações ocorrem em Porto Alegre, Viamão, Charqueadas, Santana do Livramento e em Rivera, no Uruguai. Trata-se da segunda fase de execução de medidas cautelares referentes à investigação que teve início em janeiro deste ano. Ainda segundo a polícia, os traficantes utilizaram contas falsas nas redes sociais para comercializar maconha, cocaína, drogas sintéticas e armas de fogo. Os investigados são pessoas de classe média e alta da Capital. Um homem residente no Uruguai também é alvo de prisão. Motoristas de aplicativos também participavam do esquema transportando drogas enquanto faziam corridas com passageiros em Porto Alegre.

O delegado de polícia, Guilherme Dill enfatiza “o grupo criminoso é focado num público elitizado da Região Metropolitana. Atende indivíduos universitários e usuários que não querem se deslocar até o local de venda da droga, fazendo encomendas pelas redes sociais e pagando pelo serviço personalizado. Essa investigação demonstrou que a rede de usuários sustenta diversas cadeias do crime organizado”, afirma.

Estima-se que a comercialização de entorpecentes ocorria diariamente, de modo que os traficantes anunciavam as mercadorias ilícitas nos stories da rede social, e ao receberem encomendas via mensagem direta terceirizam a função de entrega dos entorpecentes recebendo os pagamentos via PIX. Após a primeira fase da investigação em julho passado, onde ocorreram seis prisões e houve apreensão de R$ 90 mil em espécie, foi possível descobrir a rede de narcotraficantes que utilizam as redes sociais pra venda de entorpecentes diariamente em Porto Alegre e Região Metropolitana.

A investigação apurou que o grupo possui três núcleos de grupos destinados ao tráfico de drogas: um deles administra as redes sociais e recebe encomendas de usuários de drogas por mensagens; o segundo grupo é composto de entregadores, que na sua maioria são motoristas de aplicativos ou de tele entregas, que recebem pelos serviços via pix; e o terceiro é formado pelos fornecedores, os quais são acionados quando o primeiro grupo fica sem as quantias de drogas necessárias.

O grupo de fornecedores são de outros estados, como Santa Catarina, e estima-se que também haja drogas trazidas de outros países, pois há envolvimento de um indivíduo uruguaio.