Rigotto fala sobre participação na equipe de transição de Lula

Indicação, sinal de prestígio ao MDB gaúcho e ao RS, ajuda novo governo a se aproximar de adversários históricos em nível estadual 

Foto: Mateus Bruxel / CP Memória

O ex-governador Germano Rigotto (MDB) disse, no início da tarde desta quarta-feira, que pode dar uma “contribuição grande” aos trabalhos da equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele ressalvou, contudo, que a participação não significa vinculação política. “É um espaço para contribuir, não me vincula politicamente. Estamos vendo, neste momento, a participação de pessoas, muitas delas as melhores de suas áreas, com o objetivo de contribuir, auxiliar com seus conhecimentos e experiências”, afirmou.

Rigotto é um dos três representantes do MDB anunciados no fim da manhã pelo presidente nacional do partido, o deputado Baleia Rossi (MDB/SP), via redes sociais, como novos integrantes da equipe de transição. Além dele, que vai atuar na área de indústria e comércio, Baleia anunciou também os senadores Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA). Os dois senadores atuarão no conselho político. A senadora Simone Tebet (MS), que concorreu à presidência e, no segundo turno, reforçou a campanha para Lula, já havia sido indicada para a equipe. Ela vai trabalhar na área de desenvolvimento social.

Ao avaliar a importância, para o Estado, da participação dele na equipe, Rigotto lembrou o fato de os setores de comércio e serviços serem fortes no RS. E destacou a solidez da indústria metal mecânica.

Ainda sobre a questão política, o ex-governador considerou que Baleia Rossi deve construir o máximo de unidade possível dentro de uma sigla que abriga diferenças históricas e conhecidas. O RS, por exemplo, é um dos estados apontados como um daqueles com forte oposição a Lula e ao PT e onde há uma maioria de lideranças regionais alinhadas ao bolsonarismo.

“O único erro que o partido não pode cometer é vincular apoio a espaços de governo. Isso seria um erro absurdo, que já atrapalhou a imagem e até a credibilidade do MDB”, projeta Rigotto.