Moraes manda polícia identificar caminhoneiros em frente de quartéis

Na decisão, anunciada nesta segunda-feira, ministro do STF impõe prazo de 48h para que os dados sejam apresentados à corte

Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil / CP

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira que as polícias Militar e Civil dos estados e do Distrito Federal, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) enviem à Corte informações com a identificação de caminhoneiros que possam estar participando de atos em frente a quartéis das Forças Armadas.

Ainda de acordo com a decisão do magistrado, as corporações citadas devem informar se identificaram eventuais líderes e financiadores dos movimentos de mobilizações antidemocráticas que contestaram o resultado das eleições. No despacho, o ministro dá o prazo de 48 horas para que os dados sejam repassados ao Supremo.

A decisão se dá no curso de uma ação que investiga a realização de protestos com intuito eleitoral que começou com o bloqueio de rodovias pelo país. As interdições começaram ainda na noite do dia 30 de outubro, data do segundo turno da eleição que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além de determinar a desobstrução das vias em decisões anteriores, o magistrado decidiu pela multa de R$ 100 mil para proprietários de caminhões e empresas jurídicas que estejam envolvidas nas manifestações. Com a redução dos bloqueios em rodovias, os manifestantes passaram a se concentrar na frente de organizações militares.

Quatro bloqueios persistem

De acordo com a PRF, o fluxo de veículos segue parcialmente interrompido em 15 pontos do país. Há quatro bloqueios totais em Bom Jesus do Araguaia (MT), Campos de Júlio (MT), Sapezal (MT) e Rio do Sul (SC). Desde a semana passada, 1.049 manifestações foram desfeitas pelos agentes da corporação.