Representantes de mais de 190 países irão se reunir em Sharm el-Sheihk, no Egito, a partir deste domingo (6), até o dia 18, para a COP27, a conferência da clima da ONU (Organizações das Nações Unidas).
O encontro dos líderes mundiais acontece em um contexto de guerra Rússia-Ucrânia, críticas de ativistas à conferência, e aos alertas de especialistas sobre a necessidade de cumprir os acordos já firmado no passado.
Em meio a polêmicas e necessidades de ação, confira alguns dos pontos centrais de discussão desta COP:
Na edição do ano passado da cúpula, os países concordaram em apresentar neste ano, antes da 27ª edição, metas mais ambiciosas para melhora do cenário do clima no mundo. No entanto, até o momento apenas 23 dos 196 países apresentaram algum plano, segundo as Nações Unidas.
Entre promessas estão o comprometimento em usar 100% das energias renováveis entre 2030 e 2050, e talvez o ponto mais importante, manter o aumento médio da temperatura mundial abaixo de 1,5º C.
Ativistas estarão a postos no Egito para pressionar as autoridades a avançarem nas discussões sobre o clima. No caso da edição deste ano, os protestos começaram com a escolha do país sede.
A ONG internacional Human Right Watch emitiu um comunicado criticando o Egito. Autoridades do país foram acusadas de restringir grupos ambientalistas e de realizar políticas independentes para proteger o meio ambiente do país.
“Essas restrições violam os direitos à liberdade de reunião e associação e ameaçam a capacidade do Egito de cumprir seus compromissos ambientais e de ação climática, já que o Egito sedia a cúpula climática da COP27 em novembro de 2022”, diz o comunicado.
A jornalista e ativista ambiental britânica Naomi Klein, em tom crítico, nomeou a Conferência como ‘Cúpula do Clima Carcerária’, ao também acusar o Egito de ser um regime autoritário, e que as discussões da Cop-27 deveriam citar essa questão.