Apesar do desempenho positivo das vendas nos últimos 6 meses, com 79,2% dos minimercados avaliando o momento no mínimo como “bom”, o alto custo para manter/comprar estoques segue sendo o principal desafio do segmento, com 38,7% dos entrevistados apontando como principal empecilho ao crescimento das vendas. Este é o resultado da Sondagem do Segmento de Minimercados, realizada pela Fecomércio-RS entre 29 de setembro e 19 de outubro, que entrevistou 385 estabelecimentos optantes do Simples Nacional.
Embora tenha sido difícil segurar o repasse do custo das mercadorias ao consumidor final nos últimos seis meses – com repasse parcial por 29,4% dos entrevistados e integral por 65,7% – a perspectiva do segmento para os próximos seis meses é de estabilidade nos preços, conforme apontado pela grande maioria dos estabelecimentos (83,2%).
“Apesar do quadro ser ainda de inflação pressionada, com o bolso do consumidor muito apertado por itens de consumo básico – com inflação de alimentos e bebidas na casa de dois dígitos –, espera-se uma descompressão dos preços, principalmente depois de amadurecerem os efeitos dos juros altos recentes” comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Entre as características dos estabelecimentos pesquisados, os principais diferenciais percebidos foram qualidade dos produtos frescos (73,2%) e atendimento (73,0%), seguidos por preços (66,8%).
“A tríade qualidade, bom atendimento e preço justo é infalível para garantir boas vendas”, comentou o presidente da Fecomércio-RS. Nesse sentido, a busca contínua por atualização e renovação dos produtos foi indicada por 63,9% dos negócios, mas em termos de atualização gerencial, a sondagem mostra que apenas 27,3% havia feito algum curso para melhorar a gestão.
Entre outros aspectos, a pesquisa também investigou a situação de endividamento dos negócios do ramo, identificando o uso de crédito junto a instituições financeiras por menos de um quarto (22,3%) dos minimercados; nesse grupo, 8,1% estão inadimplentes – o que corresponde a 1,8% do total de entrevistados.
Quanto ao pagamento dos fornecedores, feito majoritariamente a prazo (79,2%), quase todos minimercados (98,2%) estavam em dia com suas obrigações. Ainda, sobre as perspectivas do segmento, prevalecem as expectativas positivas para os próximos seis meses.