Exportações de componentes de calçados somam US$ 331,9 milhões, diz Assintecal

Resultado em nove meses deste ano é 22% maior que o mesmo período do ano passado

Crédito: Abicalçados

O setor calçadista encerrou os primeiros nove meses do ano tendo exportado US$ 331,9 milhões em componentes de calçados, 22% mais do que no mesmo período do ano passado e 21% mais do que no intervalo correspondente na pré-pandemia, em 2019. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e apontam que, apenas em setembro, as exportações de componentes geraram US$ 40,13 milhões, 36% mais do que no mês correspondente de 2021.

O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, destaca que as exportações para os países da América Latina vêm sendo determinantes para os resultados positivos. “Hoje, dos dez principais destinos de componentes no exterior, seis são da América Latina”, comenta.

Para ele, além dos vizinhos latino-americanos, que vêm substituindo importações da China por brasileiras para fugir dos altos custos com fretes, destaque também para os embarques para os Estados Unidos, país que assumiu o quarto posto entre os principais destinos internacionais. “A média do crescimento das exportações para América Latina e Estados Unidos é de quase 37%, bastante superior ao crescimento geral (+22%)”, comenta.

DESTINOS

O principal destino dos componentes para calçados no período de janeiro a setembro foi a Argentina. No intervalo, foram embarcados para lá o equivalente a US$ 71,9 mihões, 42% mais do que no mesmo período do ano passado.

O principal exportador de componentes do Brasil segue sendo o Rio Grande do Sul. Entre janeiro e setembro, partiram das fábricas gaúchas rumo ao exterior o equivalente a US$ 181,4 milhões, 15% mais do que no mesmo período do ano passado. Atualmente, o Estado responde por quase 55% das exportações totais do segmento.

Entre janeiro e setembro, o material mais exportado pelo setor foi produtos químicos para couros (US$ 153,4 milhões, alta de 16% em relação ao mesmo período do ano passado). Na sequência apareceram os cabedais (US$ 88,3 milhões e crescimento de 17%), os produtos químicos para calçados/adesivos (US$ 38,22 milhões e crescimento de 36%) e solados (US$ 21,69 milhões e crescimento de 47%).