Às vésperas de completar uma semana, o desaparecimento de Rubem Pires Júnior, de 48 anos, permanece uma incógnita. O jornalista, natural de Caxias do Sul, reside em Osório, e havia se hospedado em um hotel, em Porto Alegre, para fazer exames de rotina. Visto pela última vez às 20h do dia 22 de outubro, ele aparece em imagens de câmeras de segurança, caminhando pela Rua dos Andradas, no Centro Histórico.
“Na sexta-feira [21], ele veio a Porto Alegre para ir ao dentista e ao médico, e ficou na casa de uma amiga. No outro dia, após almoçar com o [ex] presidente do Sindicato dos Jornalistas, Milton Simas, que registrou o Boletim de Ocorrência, disse que iria se hospedar em um hotel e, no domingo, retornaria para casa”, relatou Lutiana Mott, amiga e colega do jornalista no gabinete do senador Paulo Paim (PT). “Ele era muito previsível, e é isso que está nos preocupando. A última mensagem que ele enviou, no WhatsApp, foi no sábado, para uma amiga nossa, avisando que ia jantar”, concluiu, em declarações à Rádio Guaíba.
Lutiana acrescentou que, na noite em que desapareceu, o amigo tinha consigo uma quantia em dinheiro e não realizou movimentações bancárias desde então. Ela afirmou à reportagem que não acredita que o desaparecimento tenha ligação com crimes políticos e que Rubem não tinha desavenças.
A reportagem procurou o delegado Cassiano Cabral, que coordena a investigação, que não retornou às mensagens e ligações.