O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,6 pontos, na passagem de setembro para outubro, para 99,1 pontos. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira, 28, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,6 ponto. “A confiança de serviços caiu em outubro, voltando a ficar abaixo dos 100 pontos após três meses acima do nível considerado neutro”, comenta Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).
Conforme Tobler, a queda ocorre tanto por uma piora das avaliações sobre o momento, mas que ainda se mantém dentro do limite de normalidade, quanto das expectativas. Para ele, o setor parece começar a dar sinais de desaceleração, projetando uma redução de demanda nos próximos meses principalmente nos serviços profissionais e de informação e e comunicação, e na tendência futura dos negócios.
Segundo a FGV, os próximos meses devem ser cruciais para confirmar a direção do setor todo considerando o cenário macroeconômico desafiador e a expectativa de uma economia mais fraca na virada para 2023. Em outubro, o Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 1,8 ponto, para 100,0 pontos.
DESACELERAÇÃO
O Índice de Expectativas (IE-S) caiu 3,5 pontos, para 98,2 pontos, após sete meses seguidos de altas. O segmento de serviços prestados às famílias manteve a tendência positiva, alcançando 106,8 pontos, o maior nível desde 2011. Na direção oposta, a agregação dos outros segmentos de serviços voltou a cair, para 97,8 pontos.
“A queda da confiança dos demais segmentos pode estar indicando o início de uma desaceleração do setor, e que seria mais forte se não fosse a alta de serviços prestados às famílias, que pode ter ainda uma certa demanda reprimida”, completou Tobler. A coleta de dados para a edição de outubro da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.511 empresas entre os dias 3 e 26 do mês.