As campanhas dos presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) entraram em acordo, nesta sexta-feira, e abriram mão dos direitos de resposta pendentes de análise pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no segundo turno das eleições 2022. A Corte aprovou o acordo em sessão extraordinária realizada no início da noite. Segundo Tarcísio Vieira, advogado da campanha de Bolsonaro, eram 56 pedidos de direito de resposta de Lula, e 31 do atual presidente.
“Chegamos à conclusão de que, para tranquilizar esse final de campanha, a melhor coisa seria abrir mão, reciprocamente, dos novos pedidos e com isso encerrar essa contenda”, disse o advogado de Lula, Eugênio Aragão. “Não conseguimos chegar a um acordo relativo às inserções de rádio, mas estamos tranquilos em relação a isso”, acrescentou. “Com isso, ambas as candidaturas acreditam ter colaborado para que o encerramento dessa fase se dê em clima de paz e normalidade em respeito ao TSE, ao eleitor e à democracia em sentido material”, destacou Tarcísio.
O presidente da Corte, Alexandre de Moraes, já havia se reunido com os advogados das campanhas na semana passada para pedir “mais civilidade” e propôs um acordo para a desistência dos pedidos. Na ocasião, ambos negaram a proposta. Na sessão de hoje, Moraes agradeceu “pela prontidão e a rápida resposta” da equipe jurídica dos dois candidatos a presidente.
O ministro encerrou a sessão dizendo ter “absoluta certeza que domingo será um dia de festa, festa da democracia e do respeito à escolha popular”. “Os 15 milhões de brasileiros, após a proclamação dos resultados, respeitarão os resultados das nossas eleições”, ressaltou.
*Com informações da Agência Estado (AE)