O mês de setembro registrou um crescimento de 22,8% no número recuperação judicial. A informação faz parte dos dados do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, na comparação com o mesmo período do ano anterior – 70 frente a 57. Ainda assim, de acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, é preciso analisar os dados com cautela.
“A alta não indica uma piora econômica, pois ela acontece em função de uma base fraca de comparação, já que em setembro de 2021 o índice teve uma quantidade atipicamente baixa de pedidos”, diz. Enquanto a média mensal no ano passado era de 74 solicitações, o mês de setembro registrou quantidade 23% menor que essa média.
A análise por setor registrou alta para todos os segmentos, exceto o de Indústria que, na relação ano a ano, foi de 10 para 6 pedidos. Os empreendimentos da área de Serviços lideraram, com 36 solicitações. Rabi também explica que, “os dados gerais do mês de análise (70) não são alarmantes por estarem muito próximos da média mensal deste ano, que é de 66 pedidos.
O índice também mostrou que, quando se trata de porte, as micro e pequenas empresas continuam vindo na frente, já que são responsáveis por 49 requisições. As médias empresas recorreram ao recurso de recuperação judicial 14 vezes e as grandes sete.
PEDIDOS DE FALÊNCIA
Ainda na comparação ano a ano, as solicitações de falências caíram de 75 para 58, uma queda de 22,7%. Dentre os setores, o de Serviços se destacou com 24 pedidos, mas houve diminuição, pois, em setembro de 2021, o mesmo segmento marcava 48 requisições. A análise por porte mostrou liderança para as micro e pequenas empresas (36).
