A Intenção de Consumo das Famílias do Rio Grande do Sul (ICF-RS) chegou a 75,2 pontos, registrando variação de 0,2% comparado com setembro e, em relação a outubro o ano passado, apresentou recuo de 3,7%. O resultado foi divulgado pela Fecomércio-RS nesta terça-feira, 25, e revela que a relativa estabilidade resultou do balanço entre os indicadores que tiveram elevação na renda atual, nível de consumo atual, acesso a crédito, perspectiva de consumo. Já o indicador da perspectiva profissional, que teve nova queda forte na passagem do mês e impediu o avanço do ICF.
O indicador de perspectiva profissional da pesquisa, que teve recuo comparando outubro com o mês anterior de 9,5% e caiu para 57,4 pontos, capta se há, ou não, uma expectativa positiva (de melhora) profissional nos próximos seis meses. Em outubro, 62,3% dos entrevistados não esperam nenhuma melhora, percentual que era 59,1% em setembro e, em outubro do ano passado, 54,9%.
A elevação na margem de quatro indicadores – renda atual (92,9 pontos; +1,7%), nível de consumo atual (75,0 pontos; +1,2%), acesso a crédito (95,7 pontos; +3,6%) e perspectiva de consumo (70,8 pontos; +2,0%) – pode sinalizar um certo fôlego nas condições de consumo em outubro. Outros dois indicadores do ICF tiveram variações menores: momento para duráveis (38,4 pontos; +0,2% ante) e emprego atual (95,9 pontos; -0,5% ante). Apesar de positivo, os indicadores seguem abaixo dos 100,0 pontos.
“Apesar da reação positiva de alguns indicadores, o ICF-RS segue em patamar pessimista, indicando que segue prevalecendo a cautela nas decisões de consumo das famílias gaúchas”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Na comparação com o mesmo período de 2021, o ICF registrou queda (-3,7%), com maior influência negativa dos indicadores de momento para duráveis (-38,2% ante out/21) e perspectiva profissional (-17,6% ante out/21).