O presidente Jair Bolsonaro foi sabatinado pela Record TV na noite deste domingo. Ao longo do programa, o candidato à reeleição respondeu diversas questões de jornalistas sobre a campanha. De acordo com ele, o salário mínimo subirá acima da inflação, após reuniões com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Peguei o Brasil com sérios problemas, éticos, morais, veio pandemia, uma crise hídrica, uma guerra, mesmo assim arrumamos a economia. Tenho um ministro, Paulo Guedes, que é reconhecido fora do Brasil, porque nossos números são de fazer inveja. Se ele falou isso agora, que teremos o reajuste, eu acredito no Paulo Guedes”, declarou o candidato.
Bolsonaro lembrou que durante a pandemia foram liberados mais de R$ 68 milhões em auxílios emergenciais, garantindo segurança econômica para o país. “O Brasil não entrou em crise, ou seja, Paulo Guedes construiu tudo isso para atender os mais necessitados”, elogiou o ministro.
Deputados do PT e Orçamento Secreto
Pelo menos 13 parlamentares são do PT, segundo Bolsonaro, utilizaram o Orçamento Secreto. “Essa proposta foi votada, eu vetei, mas o Congresso derrubou. O que temos que fazer é ir atrás desses parlamentares que mandaram recursos para estados e municípios, e fazer com que esses nomes sejam expostos”, defendeu. “Lula, que me acusa de corrupção, mas os seus deputados tem participação no orçamento, e têm mandado recursos em cima da RP9. São 16 milhões de recursos por parlamentar. Fico preocupado porque já fui deputado, e não sabemos para onde os nossos colegas estão enviando os recursos”, afirmou.
“Eu falo palavrão, mas não sou ladrão”
Bolsonaro pediu desculpas por exagerar nos palavrões, mas destacou que não é “ladrão”.
“Tem gente que diz que não vota em mim porque sou grosso e falo palavrão. Eu falo palavrão, mas não sou ladrão. Dou o melhor de mim. Me desculpo. Estou fazendo o melhor de mim. Muita gente se preocupa com que eu falo e não com o que eu faço.”
Dívidas com Fies
Bolsonaro destacou a renegociação de dívidas adquiridas por jovens beneficiados pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) durante seu governo. “Estamos num período pós pandemia, lá atrás, em segundo plano, era dar ensino, era atender os conglomerados de universidade privada com recursos do Fies, e agora salvamos mais de 1 milhão de jovens que tinham dívidas impagáveis com Fies. Hoje em dia, pode, negociar. A questão do consignado, maneira de tirar a população das mãos de agiota”, declarou.
MST perdeu força
Bolsonaro disse que as invasões promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) diminuíram no Brasil por causa de ações de regularização fundiária nos últimos quatro anos.
“Nós tiramos a força [do MST] pegando assentados e dando títulos das terras. Já demos 420 mil títulos, que é o registro para esse pessoal que não tinha [título]. Nós demos dignidade aos [assentados do] MST, que passaram a ser cidadãos e a integrar de verdade a agricultura familiar”, destacou.
Ainda segundo o presidente, 80% dos títulos entregues às famílias foram direcionados às mulheres. “Nós entendemos que o título no nome da mulher é uma garantia maior para os filhos”, disse. “Sobre isso, não temos palavras bonitas, temos ações concretas”, finalizou.
Escolas cívico-militares
O candidato à reeleição afirmou, durante sabatina na Record TV, que a implementação das escolas cívico-militares é um dos motivos pelos quais o governo conseguiu “recuperar a educação”. Ele aposta no fortalecimento do modelo para conseguir melhorar o ensino básico brasileiro.
O projeto é conseguir implementar pelo menos um colégio com o modelo em cada estado. Para o presidente, o foco na área para o próximo mandato, caso seja reeleito, é na educação básica. “Se não tiver o mínimo, você não evolui.”