A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite 2022 se encerra neste sábado no Rio Grande do Sul com baixa adesão da população. Com 410.908 doses aplicadas e 74,2% da cobertura vacinal entre crianças de 1 a menores de 5 anos, as autoridades de saúde advertem para a importância da imunização desse público para evitar a circulação endêmica do vírus. A vacinação ficou abaixo da meta de 95%, índice considerado ideal pelas autoridades de saúde.
Conforme o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), no RS o público total estimado é de 553.814 crianças abaixo de 5 anos de idade. A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Cevs, Juliana Patzer, considera que a baixa adesão é motivo de preocupação. “Apenas 62,17% dos municípios gaúchos atingiram a meta de 95%. E isso não é uma boa notícia”, alerta.
Juliana explica que o último caso se registrou em 1983, ou seja, quase 40 anos atrás. Segunda Juliana, Afeganistão e Paquistão voltaram a ter circulação endêmica de pólio, mas nos últimos meses outros países registraram casos da doença, como os EUA.
Em Porto Alegre, com apenas 30.468 (46%) crianças entre um e cinco anos vacinadas contra a pólio, a situação preocupa autoridades de saúde. A diretora de Atenção Primária à Saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Caroline Schirmer, avalia que a baixa adesão à dose de reforço do imunizante em todas as faixas etárias reflete a falta de consciência de pais jovens, que desconhecem os perigos da doença e as consequências dela. O público total estimado para tomar o imunizante é de 66,3 mil crianças na capital.
Vacinação na Orla neste sábado
Neste sábado, último dia da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite 2022, a prefeitura vai instalar na Orla do Guaíba um posto de vacinação. “Vamos vacinar as crianças de um até cinco anos incompletos, mas a vacina vai continuar disponível nas unidades de saúde”, reforça Carolina.
Ela explica que a vacinação para crianças de dois a seis meses é injetável, enquanto a oral é a partir de 15 meses de idade. “Todas as vacinas que temos nas unidades são seguras, protegem o indivíduo, sem nenhuma sequela”, salienta.