O reajuste dos valores da tarifa da área azul, que partirão de R$ 2 no período de 30 minutos, e R$ 4 a hora, deve render R$ 20 milhões aos cofres da prefeitura de Porto Alegre em 2023. Atualmente, o valor cobrado por hora é de R$ 2,30. Conforme a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), os recursos serão aplicados para subsidiar o transporte coletivo. Os novos valores entrarão em vigor nesta quinta-feira.
Ao apresentar o projeto da Área Azul durante a audiência pública da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (CUTHAB) da Câmara de Vereadores, o diretor-presidente da EPTC, Paulo Ramires disse que a ideia é implementar a fiscalização automática da Área Azul. “Com as modificações, a expectativa de aporte é de R$ 20 milhões, em 2023, para que a gente possa complementar o subsídio que prefeitura disponibiliza para o transporte coletivo”, detalhou.
Segundo Ramires, entre os meses de novembro e dezembro de 2022, a expectativa é que R$ 3,3 milhões sejam destinados para o transporte coletivo. Ao detalhar os novos valores cobrados pela prefeitura, Ramires disse que em relação ao subsídio para o transporte, cada hora de estacionamento rotativo, incluindo a outorga (37,32% da receita bruta obtida pela concessionária), vão ser destinados ao transporte público entre R$ 1,49 e R$ 2,03. O valor varia por conta das diferenças de impostos que incidem na forma de pagamento pelo usuário.
Questionado pelo presidente da CUTHAB, vereador Jesse Sangalli (Cidadania), sobre o funcionamento do sistema integrado de fiscalização entre os agentes da EPTC e os funcionários da Área Azul, Ramires explicou que os agentes vão circular pela Área Azul e verificar se o veículo está regular ou irregular. Ele destacou ainda que os agentes vão utilizar o sistema OCR (leitor automático de placas) integrado, que permite a transmissão de dados e imagens em tempo real dos veículos e integrar ao cercamento eletrônico da cidade.
Entre as novidades, os usuários poderão efetuar o pagamento por débito automático, Pix, pelo cartão pré-pago ou pelo aplicativo da Zona Azul Brasil, o Sigapay, que passa a ser o app oficial da Área Azul de Porto Alegre.
Com o começo da operação do novo aplicativo, que é próprio da Zona Azul Brasil, concessionária que opera o sistema na Capital, o Digipare não vai mais ser utilizado a partir de 31 de dezembro.
A ideia é reduzir o número de usuários estacionando de maneira irregular, que em 2021 ficou em 13,4%. Para evitar multas, a prefeitura criou ainda o aviso de irregularidade com o custo de R$ 32 a ser pago pelo motorista que esquecer de emitir o tíquete, permitindo a regularização em até dois dias úteis.