TSE manda Janones se manifestar sobre uso de fake news contra Bolsonaro

Deputado federal integra campanha de Lula

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, deu três dias para que o deputado federal André Janones (Avante-MG) se manifeste sobre os motivos de usar fake news para atacar o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição nas Eleições 2022. A campanha de Bolsonaro recorreu ao Tribunal para reclamar que Janones vem usando as redes sociais “para realizar deliberada e constante difusão de conteúdos falsos ou gravemente descontextualizados contra o candidato à reeleição Jair Messias Bolsonaro, com o propósito de favorecer a campanha dos demais investigados por meios sabidamente ilícitos”.

Janones, que integra a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputa o segundo turno contra Bolsonaro, passou a usar mentiras contra a candidatura de Bolsonaro. O TSE, inclusive, já mandou o deputado excluir diversas publicações das redes por ele divulgar conteúdo inverídico.

Em uma das postagens, por exemplo, Janones associou Bolsonaro e o PL com atuação direta para a suspensão da lei do piso salarial nacional para profissionais de enfermagem. A decisão partiu, na verdade, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao determinar a manifestação de Janones sobre o uso de notícias falsas contra Bolsonaro, Gonçalves destacou que “pelo que se apresenta já nessa fase inicial e ante fatos notórios, constata-se que há deliberado propósito de Janones, que sabidamente tem atuado na campanha de Lula, de se valer de um tipo de comunicação de elevada beligerância”.

“Não há dúvidas de que a narrativa, em tese, é passível de se amoldar à figura típica do uso indevido de meios de comunicação social, havendo elementos suficientes para autorizar a apuração dos fatos e de sua gravidade”, destacou o ministro do TSE.

Além de cobrar um posicionamento de Janones, Gonçalves pediu que Lula e o candidato a vice dele, Geraldo Alckmin (PSB), apresentem defesa em até cinco dias.