Queiroga reitera apelo aos pais e alega que baixa cobertura contra a pólio é ‘problema mundial’

Ministro reafirmou que meta é de 95% de cobertura vacinal contra paralisia infantil; até agora 65,74% das crianças tomaram o imunizante

Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado / Divulgação / CP

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga aproveitou o 17 de outubro, marcado como o Dia Nacional da Vacinação, para fazer um apelo à necessidade que que pais e responsáveis levem as crianças e adolescentes para se vacinarem.

“Precisamos vacinar a população, principalmente nossas crianças. É inaceitável que em pleno século 21 nós tenhamos sofrimento das nossas crianças por doenças já erradicadas há muito tempo”, afirmou, em evento realizado hoje na sede do Ministério da Saúde, em Brasília.

Os 38 mil postos de saúde do país dispõem diariamente de mais de 22 imunizantes aplicados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas a atenção do Ministério da Saúde e de Queiroga se volta agora à vacinação contra a poliomielite.

“Desde o dia 7 de agosto, temos feito um apelo à nação brasileira para que levem suas crianças com menos de cinco anos para completar o esquema vacinal da pólio e a meta é de 95% de cobertura vacinal, das cerca de 15 milhões de crianças que são aptas a receber essas vacinas”, ressaltou o ministro.

De acordo com dados do DataSUS, o país atingiu apenas 65,74% da cobertura vacinal até essa manhã, tendo sido aplicadas 7.607.661 doses do imunizante contra a poliomielite.

Queiroga admitiu que a queda de cobertura vacinal da poliomielite é um problema mundial, já que aconteceram casos nos Estados Unidos e Israel.

O último caso de poliomielite no Brasil se registrou em 1989. Em 1994, o país recebeu o certificado de erradicação emitido pela Opas/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial de Saúde).

Todavia, a Opas e a OMS já advertiram que o risco de a poliomielite voltar ao Brasil é alto.

Poliomielite

A poliomielite ou pólio é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia.

Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus. A única forma de prevenção possível para a doença é a vacinação.