Todas as faixas de renda, exceto a faixa alta com aumento de 0,08%, apresentaram deflação em setembro, variando entre -0,35% para o segmento de renda média e -0,21% para a classe de renda muito baixa. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 13, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda.
Após a incorporação desse resultado, no acumulado do ano, até setembro, a inflação registra altas que variam de 3,83% (renda média baixa) a 4,79% (renda alta). As deflações dos grupos transportes, comunicação e alimentos e bebi[1]das se constituíram nos principais pontos de alívio inflacionário para todos os segmentos de renda pesquisados.
No caso dos transportes, as quedas de 8,3% da gasolina e de 12,4% do etanol explicam grande parte do recuo dos preços em setembro. No entanto, para as famílias de renda alta, parte deste alívio vindo das deflações dos combustíveis foi anulada pelos reajustes das passagens aéreas (8,2%) e do transporte por aplicativo (6,1%), tendo em vista que o peso desses itens em suas cestas de consumo é relativamente maior que o observado nas demais faixas de renda.
Assim como apontado em julho e agosto, na comparação com a taxa mensal do mesmo período do ano passado, o indicador aponta expressivo recuo da inflação em setembro de 2022 para todas as classes de renda.