A Região Metropolitana de Porto Alegre teve a segunda maior queda de preços em setembro medida pelo IPCA, chegando a -0,46%, terceiro mês seguido de deflação e atrás apenas de Fortaleza (-0,65%). O indicador da capital gaúcha, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi maior que a média nacional de -0,29%. No ano, o IPCA da Região Metropolitana acumula alta de 1,83% e, nos últimos 12 meses, de 4,85%. Em setembro de 2021, a variação havia sido de 1,53%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram queda em setembro. O grupo dos Transportes (-2,11%) contribuiu novamente com o impacto negativo mais intenso sobre o IPCA do mês na capital gaúcha: -0,44 ponto percentual. Na sequência vieram Comunicação, com a segunda maior variação (-1,96% e -0,11 ponto percentual) e Alimentação e bebidas, com o segundo maior impacto (-0,61% e -0,14 ponto percentual).
O grupo Alimentação e bebidas repetiu a queda registrada em agosto (-0,61%), novamente puxada pela alimentação no domicílio (-1,02%). Os preços do leite longa vida caíram 17,94%, contribuindo com -0,27 ponto percentual no resultado do mês. Apesar da queda, o produto ainda acumula alta de 30,94% nos últimos 12 meses.
Destacam-se ainda as reduções nos preços do morango (-21,77%) e do óleo de soja (-7,94%), cada um com impacto de -0,03 ponto percentual. Entre as altas, a maior contribuição (0,05 ponto percentual) veio da cebola (17,28%), que havia subido 4,84% em agosto; tomate (7,27%) e queijo (2,68%) também estão entre as altas de maior impacto no grupo (0,2 ponto percentual).
A alimentação fora do domicílio (0,57%) desacelerou ante o mês anterior (0,83%). A refeição (0,44%) subiu menos que em agosto (0,94%), enquanto o lanche fez o movimento contrário (0,50% em agosto e 1,10% em setembro).
A maior variação positiva no índice do mês veio de Vestuário (1,34%), assim como já havia acontecido em agosto (1,30%). O destaque em setembro foram as roupas masculinas (2,22%), que contribuíram com 0,03 p.p, seguidas dos calçados e acessórios (1,35%), com 0,02 p.p. As roupas infantis (1,49%) e as roupas femininas (0,89%) também tiveram aumento no mês.
A alta do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,72%), grupo com maior impacto positivo no mês (0,09 p.p.), foi puxada pelos planos de saúde (1,11%). Também subiram os produtos de higiene pessoal (0,58%) e os serviços médicos (1,20%) e de hospitalização e cirurgia (1,61%).