Em passagem pelo RS, Bolsonaro pede mobilização e votos em Pelotas

Ao lado de Onyx Lorenzoni, presidente também defendeu a recuperação da economia e criticou o PT

Foto: Volmer Perez/Diário Popular/CP

Nem mesmo a chuva que caia em Pelotas, no início da tarde desta terça-feira, afastou os apoiadores do presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) do Centro do Eventos da Fenadoce. Milhares deles, vestindo as cores verde a amarela, participaram do ato de Bolsonaro e do candidato do PL ao governo do RS, Onyx Lorenzoni. Em cerca de 15 minutos, o presidente comparou os modelos de governo dos dois candidatos que concorrem à presidência da República. “Queremos a liberdade ou o Estado nos controlando, uma família sadia do nosso lado ou a destruição, um país livre das drogas ou a droga regularizada?”, questionou.

Ele resumiu a data do segundo turno como “a luta do bem contra o mal”. “Vamos agora, que a votação é mais rápida, levar os idosos às seções eleitorais e convencer um parente, um amigo a passar para o nosso lado. O que está em jogo é a nossa liberdade. Com a Câmara (dos Deputados) e o Senado mais à direita temos condições de aprovar pautas de interesse e de sepultar pautas da esquerda que ofendam a família”, enfatizou Bolsonaro.

O candidato à reeleição também defendeu as medidas de recuperação da economia. “Levando em conta o resto do mundo vamos muito bem”, avaliou, citando, em seguida, o caso da Argentina. “Escolhas erradas podem trazer problemas. Na Argentina, 40% da população está próxima da pobreza”, lamentou.

Antes de falar aos apoiadores, Bolsonaro participou no mesmo local de uma reunião com prefeitos e empresários, onde recebeu demandas e apoio. Ao desembarcar no aeroporto de Pelotas, Bolsonaro criticou o ex-presidente Lula por não conseguir baixar o preço do diesel. Citou que o petista não construiu as refinarias prometidas quando esteve à frente do Palácio do Planalto, o que impediu o país de se tornar autossuficiente nesse tipo de combustível. “Temos que fazer refinarias no Brasil, não temos dinheiro público para tal. A iniciativa privada tem que ser conquistada para isso”, afirmou Bolsonaro.

Já Onyx, que disputa o segundo turno do governo do Estado, ressaltou a importância da manifestação de apoio a Bolsonaro. Em seguida, lembrou o episódio da facada sofrida pelo presidente, na eleição de 2018. “Quando assumimos o governo sabíamos que tínhamos que acabar com a roubalheira e a maior reforma que fizemos foi esta. O Brasil agora pode ver as estatais dando lucro”, ressaltou. “Vamos buscar mais um voto e temos que nos mobilizar para conseguir mais um milhão de votos no RS”, disse, desafiando os apoiadores, ao lado de deputados estaduais e federais eleitos e reeleitos, além do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), que conquistou vaga de senador pelo RS.